Um treinador de frases fortes, objetivo, sem meias palavras. Assim se mostrou Argel, o novo técnico do Inter na apresentação no centro de imprensa do Beira-Rio. E dentro destas características, a promessa de que o time irá mudar. Segundo Argel, o brio, a virilidade, a vontade de vencer voltará ao Beira-Rio.
Como foi a coletiva da apresentação de Argel
Vestindo um blazer cinza e camisa escura, o treinador discursou sobre o que pensa sobre o futebol é o que planeja colocar em prática no novo clube para resgatar o bom futebol de cerca de 30 dias atrás.
- O Inter era o melhor time do Brasil. Perdeu o clássico, perdeu para o Tigres e agora nada mais presta? Obviamente que ninguém desaprende - apontou Argel.
Imagens: Félix Zucco
O momento do Inter
"O mais importante é você ficar jogo a jogo. Você vence duas partidas e já te joga lá pra cima. O futebol é apaixonante porque há 25 dias o Inter era o melhor time do Brasil. Você perde o clássico, perde no México e ninguém mais presta. Vamos resgatar os jogadores, momento será de blindar o vestiário. A fórmula do sucesso é trabalho."
Rodízio
"Vamos colocar o que temos de melhor no momento, não sou adepto ao rodízio. O jogador é preparado para jogar, e quanto mais joga, melhor ele fica. Nós temos um grupo bem homogêneo, dois jogadores para cada posição, jogadores experientes mesclados com uma garotada. O difícil no futebol é você ser simples. Não tem muita frescura. Damos uma liberdade ao jogador e cobramos uma responsabilidade muito grande. O jogador vive do futebol, precisa ter um comprometimento."
D'Alessandro
"É um jogador de confiança minha. Gosto do estilo, do caráter, do jogador. Tem estilo parecido com o meu quando eu jogava. É um jogador diferenciado. É comprometido com a instituição. Sempre ele se expõe mais, é mais cobrado. Agora chegou um treinador para proteger ele. Antes de baterem nele baterão em mim. Essa é a tranquilidade que quero dar a ele e todos os jogadores. É um jogador que não gosta de perder. Não tenho dúvida que vai nos ajudar."
O Inter e o grupo
"Vamos sempre colocar o que temos de melhor. Não sou adepto ao rodízio. Jogador quanto mais joga melhor fica. Temos grupo homogêneo, mesclando com os garotos. Tenho a responsabilidade de cuidar dos meninos. Ou é 8 ou 80. Sim ou não. Precisa se ter comprometimento, regras. Temos de ter um time, dar entrosamento. Torcedor tem de saber o time na rua, definido. Não gosto de invenção. Não vamos confundir a cabeça do jogador. Em 25 dias ninguém desaprende."
Foto: Alexandre Ernst/Agência RBS
Sistema tático
"O 4-2-3-1 em momentos da partida é importante. Não gosto de jogar assim de início. Prefiro um 4-4-2 com dois atacantes, um de velocidade. Ou até mesmo dois velocistas. Um time compacto. Não gosto de 4-2-3-1. Acho um time faceiro demais. Prefiro dois volantes e dois meias. Prefiro o quadrado. Ou até mesmo um losango. Quando você tem de arriscar em meio à partida, tudo bem."
D'Ale e Alex
"Não existe cadeira cativa pra ninguém: temos de pensar na instituição. Ela está acima de qualquer coisa. Prometo oportunidade. Sua performance que vai dizer. Claro que Alex é D'Alessandro podem jogar juntos. Desde que tenham performance. Você ganha um campeonato com um grupo, não com 11."
Pressão por resultados
"O torcedor está triste, magoado, machucado. Tem de protestar, desde que não tenha violência. A moldura humana é competitiva. O Inter quando foi campeão da Libertadores, do Mundial, tinha transpiração, entrega, e é isso que o torcedor quer. Temos exemplo contra a Alemanha: achamos que a técnica ia sobressair. Quando você perde e não tem indignação, tristeza pela derrota, a situação é grave. Torcedor tem de dar um voto de confiança ao grupo, à direção. Mesmo triste, dê o voto de carinho à comissão e ao jogador. O comandante dentro do vestiário vai cobrar. Vestiário para mim é sagrado. Nunca me contataram em uma situação fácil. Eu gosto desta adrenalina. Ainda mais em um clube que me deu tudo, de chegar à Seleção Brasileira. Devo tudo a ele. É meu clube do coração."
Anderson
"Ele mesmo não deve estar satisfeito com seu futebol. Não está tendo um desempenho satisfatório e cabe a mim fazê-lo jogar. Vamos dar atenção especial para ele. Sentar com ele e definir a posição que ele se sente melhor. Para depois disso cobrar. Precisa render mais? Precisa. Tem capacidade? Tem. Qualquer jogador que vem da Europa tem de fazer uma adaptação de oito meses. O tipo de treinamento é diferente do que é lá. Temos de ter compreensão, mas temos de ter cobrança."
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