O Inter pode ficar sem seu técnico nas semifinais da Libertadores. A Conmebol enquadrou Diego Aguirre em artigo que prevê suspensão por até dois jogos. O uruguaio será julgado na Comissão Disciplinar da entidade pela expulsão contra o Santa Fe, no Beira-Rio. A data do julgamento é incerta, mas deve ocorrer antes do primeiro jogo contra o Tigres, dia 15 de julho, no Beira-Rio.
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Certo é que Aguirre está fora da partida de ida. A partir deste ano, atendendo à orientação da Fifa, a Conmebol passou a aplicar a suspensão automática também para os técnicos expulsos - o que também foi adotado pela CBF.
Aguirre será julgado a portas fechadas na Conmebol. A Comissão Disciplinar é formada por seis auditores e comandada por Caio Rocha, que também é presidente do STJD. Em cada julgamento, três desses auditores se reúnem para a tomada de decisão. O Inter foi notificado da denúncia do seu técnico no dia seguinte ao jogo. A Conmebol enviou, com as informações sobre a partida, o documento contendo o enquadramento de Aguirre e o aviso de que a defesa deveria ser enviada até o final do expediente do dia seguinte.
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A súmula da partida não acompanhou a denúncia. O clube recebeu apenas o relato do que o árbitro peruano Victor Hugo Carrillo havia registrado o xingamento de Aguirre. Os advogados do Inter embasaram sua defesa na tese de que o protesto do técnico foi motivado por um erro de Carrillo, que ontem atuou em Chile 3x3 México, pela Copa América.
- Contextualizamos o lance, o cartão amarelo que o Aguirre reclamou naquele momento acabou vindo cinco minutos depois. O que prova que a expulsão era merecida no primeiro lance - explicou o advogado Daniel Cravo.
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Aguirre foi expulso aos 16 minutos do segundo tempo, por reclamar com veemência pela expulsão do lateral-esquerdo Mosquera, depois de uma falta dura em Valdívia. O colombiano já tinha cartão amarelo, recebido no final do primeiro tempo ao derrubar DAlessandro.
O peruano apenas advertiu Mosquera, o que provocou reação indignada do técnico. Cinco minutos depois, por acertar Nilmar no rosto, em lance que o tirou do jogo, o lateral levou o segundo amarelo e o consequente vermelho.
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Nesse jogo, ficou marcada a atitude de Aguirre. Em vez de descer para o vestiário, o técnico permaneceu no túnel e espiava o campo a cada reação da torcida. Nos minutos finais, escondeu-se atrás de uma fileira de seguranças e assistiu aos lances ajoelhado, por entre as pernas deles.
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