São dois tempos distintos taticamente os de Anderson no último domingo diante do São Paulo. Nos 45 minutos iniciais, ao lado de Rodrigo Dourado, na linha defensiva, o volante Anderson impediu que a bola chegasse a Luis Fabiano, Alexandre Pato e Michel Bastos. Na etapa final, mais à frente, o Anderson armador empolgou com arrancadas e passes de gol para Lisandro López, Vitinho e Taiberson. Ao final dos 90 minutos, contudo, uma afirmação era unânime: Anderson havia sido o melhor em campo na tarde gelada do Beira-Rio. Em razão da eficiência de Anderson como volante e na armação, os colunistas de Zero Hora e da Rádio Gaúcha analisam o problema de Diego Aguirre no meio de campo colorado.
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Maurício Saraiva, comentarista da RBS TV
"Se fosse o Anderson de 2005, o ideal era tê-lo na última posição de meio para arrancar na direção do gol, driblar, decidir, desequilibrar. Nesta fase da carreira, Anderson pode ser o que Aranguiz tem sido, o que possibilita até seu aproveitamento ao lado do chileno fazendo o corredor pela esquerda. A melhor notícia do empate contra o São Paulo foi o ressurgimento de Anderson dando resposta positiva tanto na posição defensiva quanto na ofensiva de meio".
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Cleber Grabauska, comentarista da Rádio Gaúcha
"No jogo contra o São Paulo, Anderson, sem ser o Andershow, foi bem como volante, mas melhor como armador. Muitas vezes, assumiu a organização do time. Se no jogo contra o Vasco, ele mostrou recuperação física, diante do São Paulo mostrou evolução técnica. Ou seja, em São Januário, Anderson começou a correr. No domingo, começou a jogar. Anderson está se recuperando, mas ainda não é aquele que surgiu no Grêmio, nem mesmo o que viveu bons momentos em Portugal e na Inglaterra. A função que ocupará dependerá de quanto será capaz de evoluir. No atual momento, ele é a melhor opção para o lugar de Aránguiz. Porém, se continuar crescendo e recuperando o antigo brilho, terá condições de brigar por uma vaga na linha de armação. Outro detalhe é a concorrência. Para jogar como volante, na ausência de Aránguiz, Anderson é mais jogador que Nico Freitas e Nílton. Para jogar na armação, enquanto Sasha e D`Alessandro estiverem fora, ele disputa uma vaga com Alex, Vitinho e Taiberson. E, pelo que jogou ontem, mesmo sem estar completamente recuperado, já está em vantagem".
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Luiz Zini Pires, colunista de Zero Hora
"Anderson não foi totalmente formado na base gremista, em Porto Alegre. Saiu aos 18 anos, aprendeu no Porto, de Portugal, solidificou-se taticamente no Manchester United, na Inglaterra. Sua técnica é brasileira, mas sua cabeça é estrangeira. Basta vê-lo em campo. Ele é canhoto de um toque só, curto, médio, às vezes longo. Pega a bola, toca e corre para receber no espaço vazio. Sua movimentação é intensa quando em forma. Repito: na sua plena capacidade física pode fazer duas ou três funções no meio-campo. Pode ser o segundo homem, ao lado de um volante de mais marcação. Consegue atuar fácil ao lado de dois volantes mais defensivos. É um jogador múltiplo. Atua em diferentes esquemas, mais ou menos defensivos. Mas não peça gols. Anderson arremata mal e não entra na grande área".
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Diogo Olivier, colunista de Zero Hora
"O lugar de Anderson é no banco. Não está no mesmo nível físico e técnico de Dourado e Aránguiz. Nem dos que exercem função de meia. O Anderson da Inglaterra, com força de marcação e criatividade, podia ser volante como Aránguiz. Hoje, a não ser que evolua bem mais, não. Assim como está, entendo que no meio, centralizado, com menos tarefas de marcação, pode render mais. Mas a melhora de produção dele é ótima notícia".
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Opinião
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