Um vídeo em que o zagueiro Paulão é protagonista, que circula pela internet, pode complicar a vida do defensor do Inter. Nas imagens, o atleta atira um objeto contra a torcida do Brasil-Pel e provoca a ira dos Xavantes no Aldo Dapuzzo, em Rio Grande.
Veja as imagens divulgadas pela assessoria do clube:
O TJD-RS irá assistir à gravação nesta tarde e avaliará se denuncia ou não o jogador do Inter. Paulão deve responder pelo artigo 258, por comportamento contrário à moral, com pena variando de uma a seis partidas. O caso seria semelhante ao de Fabrício, na expulsão na partida contra o Ypiranga, no dia 1º de abril.
- Dá para ter a denúncia com base na imagem, sim. Não cheguei a ver o vídeo. Tenho de analisar a súmula por conta dos ocorridos com a torcida do Brasil-Pel. Assistirei ao vídeo e, se for o caso, ofereço a denúncia - disse o procurador Alberto Franco.
No sábado, ao vivo do Aldo Dapuzzo, Zero Hora chamou atenção para o ocorrido:
A Federação Gaúcha de Futebol (FGF) divulgou a súmula do jogo entre Brasil-Pel e Inter, que terminou empatado em 1 a 1 no último sábado. No relato da partida, válida pelas semifinais do Gauchão, o árbitro Anderson Daronco informa sobre a briga que envolveu a torcida do time pelotense.
Além disso, Daronco relatou a falta de luz artificial em função da ausência de geradores no Aldo Dapuzzo, em Rio Grande - no entanto, o árbitro afirmou que este fato não impediu a continuidade normal do jogo.
Leia o relato de Anderson Daronco:
"Relato que a partida reiniciou com 30 minutos de atraso (17:33) pelos motivos que serão descritos a seguir.
Quando a equipe de arbitragem retornou ao campo de jogo para o reinício da partida, presenciamos um conflito envolvendo os torcedores do G.E. Brasil que estavam localizados atrás da meta localizada à esquerda do pavilhão social do estádio. Neste conflito, diversos torcedores investiram contra o policiamento que estava presente naquele local. Os torcedores arremessavam objetos contra os policiais. O Tenente Azevedo, um dos responsáveis pelo policiamento no local, nos informou que tais objetos eram pedras e garrafas plásticas. Também observamos uma briga envolvendo os torcedores do G.E. Brasil que brigavam entre si.
Também pude observar que um torcedor do G.E. Brasil foi atingido por um objeto lançado pela própria torcida do G.E. Brasil.
Informo também que um grupo de torcedores do G.E. Brasil arrancou uma barra de proteção da arquibancada para utilizar no conflito.
Porém, um outro grupo de torcedores acabou impedindo este ato. Para que os conflitos que ocorriam neste local da arquibancada fossem solucionados, a Brigada Militar reforçou o policiamento neste local, com o deslocamento de diversos policiais para este setor.
O Capitão Santos, comandante da 1ª Cia. do 6° Batalhão de Polícia Militar, também responsável pelo policiamento em todo o estádio, nos informou que o conflito teve início num objeto que foi arremessado contra a torcida do Internacional presente no estádio e que acabou atingindo um policial militar. Este policial que foi atingido teve lesões segundo relato do Capitão Santos, que também nos informou que diversos torcedores do G.E. Brasil foram retirados do estádio e encaminhados à delegacia de polícia. Pude observar que na retirada destes torcedores, os demais investiam em xingamentos e lançamentos de objetos contra a Brigada Militar.
Em conversa com o Capitão Santos e Tenente Azevedo, e também com os capitães das duas equipes, comuniquei que somente daria prosseguimento à partida se houvesse total garantia para todos os envolvidos na partida e em todos os ambientes do estádio.
O Capitão Santos nos deu garantias de segurança para o prosseguimento da partida. Neste momento, fui comunicado pelo delegado da partida que a ambulância presente no estádio teria que se ausentar para levar ao hospital uma criança que estava presente no estádio. Sendo assim, cominiquei aos capitães das equipes que a partida reiniciaria assim que a ambulância retornasse para o estádio.
Assim que a ambulância retornou ao estádio, reiniciei a partida, que seguiu normalmente.
Informo que aos 70 minutos de jogo comuniquei via rádio ao 4° árbitro que, juntamente com o delegado da partida, solicitasse aos responsáveis pela iluminação do estádio para que os refletores começassem a ser ligados somando-se à luz natural, que se fez presente em toda a partida.
Neste momento, me foi comunicado pelo 4° árbitro que, após contato junto aos responsáveis pela iluminação, não haviam geradores para que a iluminação do estádio pudesse ser acesa. A ausência da luz articial não prejudicou o prosseguimento normal da partida".
*ZHESPORTES