É provável que o Inter vá para as lonjuras do Equador, onde mora o Emelec, distribuído em um esquema 3-6-1 segundo informações publicadas pela ZH. Uma das poucas vezes em que o Colorado se armou dessa maneira, se minha memória não falha feito o menisco do Lisandro López, foi quando Jorge Fossati quase tirou o Inter do caminho da Libertadores 2010.
Estou na ala dos que acreditam que fomos campeões naquele ano apesar do Fossati, e não com a sua bênção. Aquele time foi um dos mais, digamos, prudentes na recente e gloriosa história vermelha - principalmente quando se aventurava fora de casa. "Ah, mas fomos campeões", podem argumentar. É verdade, e aquela belezura de taça está bem guardada no armário para provar. Mas, devido a tanta precaução e temor, dependemos em excesso de viradas incríveis, reversões de placar agregado e verdadeiros milagres para seguir adiante.
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Quando Fossati foi embora levando consigo sua cabeleira branca, seus maços de cigarro e seu 3-6-1, o Inter passou a depender apenas de jogar futebol. Deixamos os milagres para os que deles realmente necessitam, e trocamos as rezas pela bola de pé em pé. Deu no que deu. E olha que o gringo foi substituído por Celso Roth, que não é exatamente um ofensivista nato.
Nada contra esse ou aquele esquema, e qualquer um pode funcionar se tiver jogadores à feição, treinamento adequado e - se possível - um adversário sensível ao formato escolhido. Mas seria prudente que o Inter que vai bater à porta do Emelec não tivesse a mesma, digamos, prudência demonstrada pelos comandados de Fossati quando levamos 3 do modesto Banfield,, fomos encurralados pelo bom Estudiantes ou apenas empatamos com os simplórios Cerro e Deportivo Quito.
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Com três zagueiros e, provavelmente, três volantes (Nico, Nilton e Aránguiz), se a equipe não demonstrar ímpeto ofensivo, disposição para marcar os equatorianos de cima e volúpia pelo gol, corremos o risco de ser empurrados contra o o gol de Alisson. Nesse caso, qualquer chute mais imprevisível ou bola desviada acaba eventualmente cruzando a linha. Para isso não ocorrer, Alex e Aránguiz precisam ter liberdade para se unir a Sasha, tendo os laterais a acompanhá-los de um ou outro lado. Se Aránguiz for apenas mais um volante, será uma noite difícil.
As escolhas de Aguirre certamente são influenciadas pelas lesões de atletas como Nilmar e DAlessandro. São desfalques significativos para qualquer time, mas não podem servir como desculpa para reavivar o time medroso do 3-6-1 montado por Fossati. Se for para sofrer um mau resultado, que seja jogando futebol, e não rezando para a bola desviar pela linha de fundo.
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