Jorge Henrique poderia estar, às 22h desta quarta-feira, fardado com o azul e branco do Avaí no Campeonato Catarinense. Mas estará com a 23 do Inter, entre os titulares na terceira rodada da Libertadores, contra o Emelec, no Beira-Rio. Em apenas cinco dias no início de fevereiro, passou de preterido do grupo colorado e emprestado ao futebol catarinense a inscrito na principal competição da América e solução tática no time de Diego Aguirre.
- Considero o início de um novo ciclo no Inter. Me vi, praticamente, fora do clube. Quando estava sendo negociado, o treinador me chamou e disse que contava, e muito, comigo. Quando fiz o gol (contra a Universidad de Chile), me emocionei por lembrar de tudo que passei - disse.
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O estopim para deixar o clube se deu em meio à pré-temporada. Fora dos trabalhos em Bento Gonçalves por conta de uma lesão, foi fotografado por torcedores ao lado de Dida em um show de funk na Capital. Na ocasião, pessoas ligadas à direção admitiram que, além de multa, o atacante estava fora dos planos para 2015.
A partir daí, uma série de surpresas: o jogador foi inscrito Gauchão e na Libertadores e apareceu entre os titulares na vitória de 3 a 1 sobre a Universidad de Chile.
Apesar das vaias que vinham da torcida, manteve sangue frio e chorou ao balançar a rede depois de 180 dias sem marcar. O discurso de "ser feliz novamente" em outro clube deu lugar à "volta por cima" e pedidos de compreensão. Tudo devidamente acatado pelo torcedor:
- Estou acostumado a fazer gols. Isso, na hora de decidir, não pesa. Ganhei títulos importantes durante a carreira e não ia me deixar abalar por um momento de baixa. Muitos torcedores nunca deixaram de me apoiar. Recebia mensagens pelas redes sociais. Claro que as cobranças acontecem, mas depois do gol a postura do torcedor mudou. Toda esta situação tem me deixado mais à vontade - garantiu Jorge Henrique, que tem contrato até dezembro.
O desejo do Inter em contar com o jogador vem desde a final da Copa do Brasil de 2009, quando o então atacante corintiano marcou gol no empate em 2 a 2 no Beira-Rio, e o título ficou com o Corinthians.
- Jorge Henrique é um jogador versátil, extremamente tático, experiente e vencedor - elogiou o diretor de futebol, Carlos Pellegrini.
Não é a primeira vez que Jorge Henrique é tido como curinga no time. Foi o lateral-direito de Dunga quando Gabriel, Ednei e Cláudio Winck, jogadores da posição, estavam vetados no departamento médico, em 2013. Jogou mais recuado, como volante, já sob o comando de Aguirre na vitória de 2 a 1 sobre o Caxias, no Gauchão. Nesta quarta, deve atuar pela esquerda, ao lado de Sasha e D'Alessandro, exatamente como fez diante de La U, para conter os avanços na lateral. Um futuro no Beira-Rio pode se desenhar a partir de agora.
- Tudo depende do que vai acontecer daqui até o final do meu contrato - afirmou, sobre o desejo de uma renovação.
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