Diego Aguirre ainda busca um cão de guarda para a zaga. Neste domingo, às 16h, em Rio Grande, contra o São Paulo, a terceira alternativa da temporada será testada: o uruguaio Nicolás Freitas. Willians não deu resposta e acabou negociado ao Cruzeiro. Nilton, que chegou do Cruzeiro para ser o segundo volante, foi recuado para a primeira função. E também vem enfrentando dificuldades na posição.
Agora, Nico Freitas será o primeiro volante, protegendo a zaga, e Nilton, o segundo, com maior liberdade para avançar. Dependendo do sucesso da nova dupla de volantes no Aldo Dapuzzo, o técnico poderá dar início a um novo meio-campo também na Libertadores. Na quinta-feira, o Inter recebe a Universidad de Chile, em um jogo decisivo para o futuro no Grupo 4. Além do novo volante e de Nilton, estarão em campo encorpando a equipe Juan (que volta após cirurgia no tornozelo direito, ainda no ano passado), Réver, Alex, Anderson e Nilmar.
O novo camisa 5 do Beira-Rio parece um sujeito caladão. Há menos de duas semanas no clube, ele embarcou com a delegação para La Paz em busca de ambientação. À espera do voo, sentou sozinho, fones nos ouvidos. Observava tudo e todos, em silêncio. No Uruguai, tem fama de ser um jogador sério, que joga duro, sem rodeios nem firulas. Nem deve. Atua em uma função na qual um erro pode significar gol do adversário.
- É um volante central, um camisa 5 legítimo. Por vezes, chega ao gol. Nico é um bom cabeceador e sabe se posicionar bem para pegar rebotes - descreve Emiliano Esteves, repórter do jornal Ovación, de Montevidéu. - É um volante que atua fixo. Posso compará-lo a Arévalo Ríos (ex-Botafogo e seleção uruguaia), mas com uma saída de bola menos qualificada - acrescentou Esteves.
Nico jogaria a Libertadores, mesmo que não fosse contratado pelo Inter. Seria inscrito pelo Montevideo Wanderers (que estreou batendo os venezuelanos do Zamora por 3 a 2, no Grupo 5). Foi emprestado ao Inter antes disso. Ficará até o final do ano, com os direitos econômicos fixados, em caso de sucesso. O volante foi um pedido de Aguirre - assim como o atacante argentino Lisandro López. Juntos, foram vice-campeões da Libertadores em 2011, eliminando o Inter de Falcão no Beira-Rio, nas oitavas de final, e perdendo a decisão para o Santos de Neymar.
- Com a saída do Willians, estávamos precisando de um volante com recuperação de bola. Nico foi meu jogador no Peñarol. É muito tático, organizado. Tem boa referência defensiva, bom jogo aéreo, raça - definiu Diego Aguirre.
Após a Libertadores 2011, foi emprestado ao Rosario Central (ARG). Acabou adquirido pelo Wanderers, onde sempre foi titular.
- Foi um dos principais jogadores daquele Peñarol de Aguirre. É um volante viril, mas que não é violento. Jogador inteligente, desarma e passa. Foi fundamental para o meio-campo do time montado por Aguirre - comentou o repórter Jorge Romero, do jornal El País, de Montevidéu.
Com um sistema defensivo irregular, que já sofreu nove gols em seis partidas na temporada, o Inter de Aguirre pode ter em Nico a peça que faltava. Se der certo, a partir deste domingo, em Rio Grande, um novo 2015 poderá ter início no Beira-Rio.
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