O advogado civil e tributarista Luiz Fernando Costa viveu os últimos 10 anos mais afeito a processos como diretor jurídico da Federação Gaúcha de Futebol do que como um furungador de mercado de jogadores. Mas, conselheiro desde 2000, frequentador assíduo das cadeiras do Beira-Rio, galgou o cargo de vice-presidente de futebol do Inter. Costa foi presidente da comissão eleitoral do pleito que elegeu Vitorio Piffero no dia 13 de dezembro, em um sábado. Na segunda-feira, Piffero o convidou para tocar o time no ano em que o Inter retorna à Libertadores.
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Deixou para trás o plano de férias na Espanha para acompanhar uma das duas filhas. Aos 53 anos, ele se diz "pronto" para a função, considera esquema bom aquele que ganha, embora já tenha uma convicção: Willians não seria o primeiro volante do seu time e, pelo jeito, nem da cabeça do técnico Diego Aguirre.
Você tem falado com o técnico Diego Aguirre e tratado sobre contratações? O que vocês pensam em comum?
A gente tem se falado diariamente por telefone. Só não conversamos no dia 31, mas estamos ligados diretos. Nesta segunda-feira, ele vem em definitivo, vai subir à Serra para ver o local da pré-temporada e preparar a apresentação do dia 8. Temos de tratar vários assuntos, como o número limite de 32 jogadores inscritos para o Gauchão. A gente em comum dois pontos: ele quer um time mais marcador, eu fecho com ele. Isso é um pouco diferente da concepção do Abel. Outra: ele quer um time veloz - e essas duas condições são o diagnóstico de carência que a direção faz do time.
Com D'Alessandro é possível colocar o time mais veloz?
Não há dúvida que sim. Ele (Diego Aguirre) conhece o D'Alessandro de ver jogar e chegou a dizer: "Que bom que eu terei o D'Alessandro no grupo". Ele treinou o Nilmar no Catar (no Al-Rayyan), considera-o com o perfil de velocidade que deseja implantar no time. Aliás, falando com o Piffero, o Nilmar só elogiou o Aguirre, naquele interregno da contratação já encaminhada.
O Inter já havia procurado Tite, Abel e Mano. A escolha de Aguirre se encaixou por acaso?
Olha, não vou tocar em nomes, mas até falei com alguns deles, e nem sempre a conversa significa convite para trabalhar. Queria ver como pensavam... Dizem que as declarações do Vitorio teriam afastado os treinadores (Tite, Abel e Mano), mas acontece que elas foram feitas num momento político, no calor da campanha. Mas depois ele deixou a meu critério a escolha do técnico, jamais me disse não pode ser esse ou aquele, e só então fomos juntos contratar o Aguirre em Montevidéu.
Mas o fato é que o mercado ficou escasso, e o presidente Piffero havia dito que não contraria técnico estrangeiro.
Não, não é que não quisesse. A prioridade não seria um estrangeiro. Pensamos em técnico que conhecesse a Libertadores e o grupo do Inter, ou seja, não poderia ser de fora, porque haveria de se adaptar, de contornar a língua etc. Mas o Diego desviou destas dificuldades. É um estrangeiro que está afeito à Libertadores mais do que muitos e que conhece o grupo e o clube.
O estilo de preparação física não é o mesmo rejeitado pelos jogadores da época do técnico Jorge Fossati?
Conversei muito com o Aguirre sobre isso (o problema do preparação física feita utilizando a bola). O preparador (Fernando Piñatares) o acompanha ha oito anos e é, segundo a imprensa uruguaia, o melhor do país. Até porque vamos utilizar um dos nossos preparadores no dia a dia do trabalho.
Você fala em velocidade e marcação. O grupo não tem esse perfil, tem força para Libertadores?
Bem, o esquema é o do Aguirre. Mas o D'Alessandro, se tiver um jogador de velocidade ao seu lado, ele vai também e faz jogar. Estamos contratando para reforçar o time na Libertadores. Com velocidade já temos Nilmar e Sacha. Não considero o Aránguiz lento. Queremos reduzir a idade do grupo e aumentar a velocidade. Agora, na marcação, é necessário um número cinco, o volante que fica.
O Willians não fica...
Não quero entrar na área do treinador, mas o Willians não é o primeiro volante. Já o Aránguiz vai ficar com a concepção do Aguirre, que tem planos para ele. Minha missão é facilitar: quer um jogo aéreo, terá opções; mais veloz, por baixo, também terá alternativa.
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