Há duas decisões do técnico Clemer que valorizam a natureza política e competitiva de sua função. Decidiu que Willians, que o criticou publicamente por não exercer parte da função de técnico, mudar o time, por exemplo, já pediu desculpas, arrependeu-se, está reintegrado e joga como titular, que era antes, do meio campo.
Está certo: Willians vinha sendo um jogador importante no time, exercendo uma liderança positiva e, assim, a reconciliação, que foi naturalmente julgada pelo grupo. Uma punição seria um exagero e mais prejudicaria as relações de fim de ano do que seria capaz de ajustar alguma reclamação.
Além do mais, o Corinthians, que cumpre um séquito de breves comemorações com apenas alguns poucos regozijos - neste sábado é o último jogo do técnico Tite em São Paulo, depois, como se sabe, deixa o Corinthians, demitido. Um time assim, que trespassa os sentimentos contraditórios, sempre será um adversário imprevisível, capaz de uma façanha de encerramento.
Quando perguntaram a Clemer por que Diego Forlán não era titular do time, a resposta foi quase surpreendente, ao menos pouco usual:
- Porque os outros estão melhores.