Perdeu tempo quem procurou o novo Inter de Clemer no empate sem gols na Vila Belmiro. O bom time, o melhor futebol, nada apareceu.
Sem ele, sem uma melhora progressiva, restam poucas esperanças nas últimas semanas da temporada de 2013. Com mais 26 pontos disponíveis no Brasileirão, o G-4 é um borrão no final do túnel para os colorados. Menos pelos pontos, muito mais pela média de más atuações.
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Clemer imitou Dunga, o antecessor demitido. Foi pouco ousado. Se o Inter foi bem na defesa, com um meio-campo combativo, o ataque nada criou, seja com Leandro Damião, numa má fase de dar dó, só ou, depois, com o auxilio de Scocco, ainda em um lento processo de readaptação.
Clemer coloca os garotos aos poucos, o que faz bem. João Afonso, um volante aplicado, foi um dos destaques. Só que são os experientes que precisam vencer as partidas. Não dá para contar 100% com os jovens em momentos tão decisivos. A hora é dos cascudos.
O Santos mostrou nos 90 minutos que era um time aparentemente fácil de ser batido. Nem é mais a equipe de Neymar, é quase uma caricatura dela.
O Inter foi melhor na maior parte do jogo, controlou bem o adversário, mas sem objetivo, sem a obsessão do gol. Mas os paulistas perderam dois gols quase na reta final, em dois vacilos coletivos dos gaúchos.
Foi uma partida de dar dó. Desinteressante, sem grandes jogadas, sem adrenalina.
O público de menos de 3,5 mil espectadores na velha casa de Pelé usou a vaia para protestar no final da partida. Até a luz foi embora aos 20 minutos do segundo tempo. Ficou 16 minutos longe. Não queria voltar.