Todos os times buscam no centroavante a figura do matador, como se diz no jargão da bola. Só que a favor. Rafael Moura, no empate em 2 a 2 com o Cruzeiro, foi centroavante ao contrário.
ACESSE O BLOG NO ATAQUE
O pênalti esdrúxulo que cometeu, dando um tapa na bola sem motivo aparente, foi apenas o ápice de atuações insatisfatórias repetidas. Não é bom o momento de Rafael Moura, que está lutando muito. Mas jogando pouco.
Tirando este lance surreal, o Inter foi muito bem em seu primeiro confronto contra um adversário realmente forte.
Poderia ter vencido o jogo no primeiro tempo, quando teve quatro chances. No segundo, mesmo depois da bobagem de Moura, o time foi para cima com qualidade e disposição, buscando a vitória até o final. Após a expulsão de Ricardo Goulart (ex-Inter, por falta violenta), quase conseguiu.
Quando o árbitro apitou o fim da partida, o Inter estava inteiro na área do goleiro Fábio, tentando o terceiro gol. A torcida do Cruzeiro, sentindo a inferioridade de seu time, silenciou em Sete Lagoas.
Otávio mostrou que Dunga precisará arrumar um lugar para ele na equipe. Se fora de ritmo ele é capaz de uma atuação tão forte na frente e combativa atrás, imagine com seqüência. O seu gol, em tabela com Fred, é de quem tem qualidade.
Gabriel e Fabrício mostraram garra bom futebol, especialmente o primeiro. O empate em 2 a 2 foi de um lateral que não usa só o corredor, mas também dá opção pelo meio. Muriel operou defesas importantes na partida, além de saídas oportunas. Fred voltou a jogar bem, assim como D'Alessandro.
Empatar em 2 a 2 com o Cruzeiro, que disputa liderança do campeonato, é bom.
Ruim é perder em casa para o Bahia e empatar com a Portuguesa.
Regularidade: na volta ao Brasileirão, após a Copa das Confederações, o Inter precisa buscar equilíbrio de atuações. De nada adiantará ir bem como neste domingo se logo ali adiante for muito mal diante de adversários fracos. A meta é oscilar menos.
Nesta levada, somando seis pontos em cada quinze disputados, o Inter não vai a lugar algum.