Depois de uma semana inteira de treinos fechados no Beira-Rio, o técnico Dorival Júnior foi enfático na entrevista coletiva desta sexta-feira, concedida na sala de imprensa do clube: - Não vou falar nada. Por isso, fechamos os portões. É uma semana decisiva. Não vou falar nada a respeito da equipe. Espero que vocês entendam por estarmos preparando o Inter para uma semana que irá influenciar o resto do ano. Serão três jogos importantíssimos para todos nós. O Oscar começou trabalhando em dois treinamentos e foi opção em um único dia - disse.
E não escondeu que pretende contar com o jogador no domingo: - O Oscar, se jogar, será um grande reforço. Nos deixaria tranquilos. Ainda não temos esta certeza, temos que aguardar. Ele trabalhou. Mas não sei se começa a partida. Poderíamos tê-lo como opção entre as formaçoes que trabalhamos - despistou o técnico.
A coletiva transcorreu basicamente em volta da liberação de Oscar no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF. Nesta sexta, o nome do jogador foi divulgado como atleta do Inter, o que o autoriza a atuar na primeira partida da final do Gauchão 2012, às 16h de domingo, no Estádio Centenário, diante do Caxias. Ainda assim, Dorival é cauteloso quando à possibilidade de utilizar o meia em Caxias do Sul.
- Ainda não tive oportunidade de falar com o (departamento) jurídico, apenas recebi ligação do Cuca Lima (assessor de futebol do clube) e, em seguida, do presidente Giovanni Luigi avisando sobre a situação. Vamos ter calma, tranquilidade e deixar que as coisas corram com naturalidade. O que o Oscar passou é desgastante demais e desequilibraria qualquer um de nós. No momento, ele vive a expectativa de retorno e, além disso, para ser relacionado para a Olimpíada. Isso tem um peso muito grande. Por isso, prefiro aguardar - reiterou.
Confira os principais trechos da entrevista coletiva de Dorival Júnior após o treino desta sexta no Beira-Rio:
Oscar com o contrato reativado:
"Nunca escondi que o Oscar vem sendo um dos principais jogadores e que faz falta a qualquer equipe do futebol brasileiro, até mesmo para a Seleção. Ele trabalhou com a equipe. Nós ainda não temos uma certeza. A torcida é para que aconteça. Nunca escondi que ele é um jogador importante para nós. Temos vários jogadores fora de combate e isso tem um peso. Mas confiamos nos que vão entrar. Finalizamos este último trabalho com uma resposta positiva. Prefiro dizer que estamos entrando com reforços que estavam se preparando e que por merecimento estão ganhando chance".
Dagoberto:
"Individualmente, não vou falar nada, por isso fechamos os portões. É uma semana decisiva, não vou falar nada a respeito da equipe. Espero que vocês entendam por estarmos preparando a equipe do Inter para uma semana que é decisiva para o resto do ano. Serão três jogos importantíssimos para todos nós".
O nome de Oscar no BID:
"É natural que no nosso país tudo pode acontecer de uma hora para outra. Por isso, temos que aguardar. Vamos ter calma, tranquilidade e deixar que as coisas corram com naturalidade. O que o Oscar passou é desgastante demais e desequilibraria qualquer um de nós. No momento, ele vive a expectativa de ser relacinoado também para a Olimpíada e isso tem um peso muito grande. Por isso, prefiro aguardar".
Oscar contra Caxias e Fluminense:
"Vou definir isso até amanha. Ele treinou. Em determinado momento, fizemos alterações. Opções naturais. Ele começou trabalhando em dois treinamentos e foi opção em um único dia. Estamos com algumas formações preparadas para o nosso jogo principal, que ainda é o Caxias, e não o Fluminense na quinta. Vamos pensar no Fluminense apenas na segunda. Temos, primeiramente, o primeiro jogo de uma decisão que é muito importante. A entrada ou não do Oscar não vai fazer com que mudemos de ideia para o jogo do meio da semana".
Os 20 dias de preparação do Caxias:
"Já pensei nisso e não chego a conclusão alguma. Não sei se foi benéfico para o Caxias ou para o inter. Por isso, me volto para outra situaçao: o mais importante é a tua equipe estar preparada. Estamos no mesmo clima que fomos para o Gre-Nal. Saí muito tranquilo do treino de hoje, com a equipe consciente, focada, se preocupando muito com o jogo de domingo. Isso é um detalhe importantíssimo que tem muito mais fundamento do que qualquer outra condição que tenha acontecido".
Questão física de Oscar:
"Pode ser que venha a sentir alguma coisa caso participe dos 90 minutos. O ritmo de trabalho, por mais forte que seja, talvez não compense como se fosse uma partida disputada dentro de uma normalidade. Caso venha atuar ao longo de 90 minutos ou então em 45, o que eu quero é que ele esteja preparado e liberado para o jogo de domingo e para os outros dois jogos".
O comportamento de Oscar:
"Ele não mudou o comportamento. Tem um semblante de abatimento natural. Com qualquer um de nós, seria assim. Senti ele bem tranquilo, muito motivado nos treinamentos, por isso que talvez ele não sinta tanto: pelo empenho que teve ao longo dos últimos dias. Ele aproveitou o tempo parado. A cada semana, teve uma expectiva nova. E isso deve ter interferido de maneira negativa. Mas dentro do vestiário, com certeza não alterou em nada o seu comportamento, ainda que sentísemos um abatimento natural".
Conversa com Oscar:
"A última conversa com ele foi para que tivesse tranquilidade e acima de tudo jogasse com muita simplicidade, ou seja, para que aos poucos ele fosse encontrando a sua melhor condição ao longo de uma partida. Já procurei usar isso esta semana para que nos treinos se preocupasse com esses detalhes. Caso venha a se confirmar a liberação, ele está bem orientado para isso. Não tem que assumir situação alguma. Não queremos que faça o que não vinha fazendo. É um jogador que tecnicamente pode contribuir muito para a equipe desde que não se preocupe tanto e nem assuma tantas responsabilidades".
Setores com desfalques:
"O que me preocupa mais são as alterações que tínhamos que fazer no meio-campo. Isso causou um desequilíbrio muito grande. Mesmo assim, o Internacional se sustentou. Saí satisfeito dos últimos treinamentos porque vi a equipe preocupada com correções importantes. Mas, para mim, o maior prejuízo sempre foi e sempre será no meio-campo. Sempre dependemos muito do rendimento do meio".
Decisão contra o Caxias:
"O Caixas foi a melhor no primeiro turno, e o Inter, no segundo. Não vejo vantagem alguma. Sempre há uma equipe do Interior chegando forte e contrariando o que acontecia nos outros anos. Nos últimos campeonatos paulistas, a maioria dos times do Interior ou da Grande São Paulo esteve nas finais. Isso mostra que a igualdade é muito grande. Qualquer erro pode ser fatal".
O trabalho de Mauro Ovelha:
"Acompanho e conheço trabalho do Mauro Ovelha. É um treinador acostumado com decisões. É o último campeão catarinense e também com um time do Interior (Chapecoense, em 2011). Serão dois jogos difíceis e equilibrados, dignos de uma competição tão equilibrada como esta. O Ovelha sempre jogou para frente, atacando. Se resguardando também, mas sempre foi um treinador que usou a ofensividade, por isso não acredito que neste momento trabalhe o contrário do que fez ao longo da carreira".
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Concentrado
Dorival encara Caso Oscar com cautela e testa três opções de time para a final
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