Ele ia ontem para o médico, nas cercanias do mesmo Eucaliptos onde morou por um ano quando chegou a Porto Alegre em 1954, quando ouviu o barulho das máquinas. Teve medo. Desconfiava do que se tratava. Mas os verdadeiros centroavantes não têm medo. Desviou um tanto do caminho do consultório, parou o carro na Rua Silveiro e teve a certeza: naquele instante, uma parte da sua vida, da história do futebol gaúcho e da capital gaúcha começava a sumir para sempre, diante dos próprios olhos. Então, Larry, 79 anos, emblema dos tempos de glória dos Eucaliptos, suspirou, guardou silêncio solene e disse:
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