Nada de críticas, ataques a inimigos de grupo ou dirigentes que tenham ameaçado colocar um fim na sua trajetória no São Paulo. Depois de cinco anos de clube, Dagoberto se despede evitando entrar em polêmica, palavra que norteou sua passagem pelo Morumbi.
O atacante minimizou quando lhe foi perguntado dos problemas e encerra cada resposta sobre o assunto ressaltando que o que ficará são as conquistas, como os dois títulos brasileiros (2007 e 2008), em que foi destaque com gols e assistências. Das duas últimas temporadas, nas quais foi o principal artilheiro do time, sendo que este ano liderou também em assistências - foram 15 no total.
Agora, de contrato assinado com o Inter e liberado para se apresentar em janeiro em Porto Alegre, o atacante quer dar sequência à sua carreira e se focar na conquista do título que faltou no Tricolor: a Libertadores.
Dagoberto tinha contrato com o São Paulo até abril do ano que vem, mas, por R$ 1,4 milhão, o Tricolor o liberou antes. Ele firmou compromisso de cinco temporadas e vai receber R$ 25 milhões pelo vinculo. Vida que segue.
Como está sua cabeça depois de ter sacramentado sua saída para o Inter?
Dagoberto - Na verdade, eu estava esperando a liberação, e estava bem otimista com o êxito. A coisa estava bem encaminhada e fico feliz porque foi bom para todos.
Qual análise que faz de sua passagem pelo São Paulo?
D - Satisfatória, intensa, tudo foi muito bom. Tenho certeza disso. É igual um casamento: tem coisas boas, coisas ruins, mas vai de você saber conduzir isso tudo.
Ficou alguma mágoa?
D - Sem mágoas, longe disso. Tenho certeza de que vão ficar só coisas boas. Tudo na vida vai mudando, e tem horas que não dá certo. Mas da minha parte jamais vou ter mágoas. Vou seguir torcendo para o São Paulo de longe, exceto contra o Internacional, claro (risos).
Você passou muito tempo dizendo que tinha alguém no clube que estava tentando lhe prejudicar e que você o encontraria antes de ir embora. Encontrou?
D - Isso aí faz parte do passado. Tem gente que gosta, quem não gosta. O importante é que fiz meu nome no clube, com 61 gols, e o que fica realmente é isso. E essas outras coisas, que acontecem, tiramos de letra.
Mas tinha gente que lhe criticava internamente...
D - Quem convive é quem pode julgar. Sempre tive respeito, nunca tive problema com alguém de fora, acho que alguém criou isso. Despedi-me de cada um, tinha admiração, não sei de onde vinha isso.
Deixe um recado para os são-paulinos.
D - Só tenho a agradecer de coração. Houve críticas, que valorizam o que a gente fez, mas sempre me apoiaram, e saio feliz. Tudo foi muito intenso, vivi muito o clube. Agradeço, desejo que tenham um ano maravilhoso e que Deus abençoe a todos.