Quando a parceria com a Andrade Gutierrez, cuja proposta você soube antes aqui na coluna ainda no ano passado, estiver liberada pelo Conselho Deliberativo, um novo e poderoso mecanismo será criado no Inter.
Vem aí uma supercomissão para fiscalizar as obras do Beira-Rio tocadas pela construtora mineira. Será um colegiado formado por colorados ilustres.
Os nomes ainda não estão definidos. Só para dar uma noção de que não será um organismo para brincadeiras, aí vão dois nomes que muito provavelmente serão convidados: o procurador geral do Ministério Público de Contas, Geraldo Da Camino, e o diretor superintendente da PF, Ildo Gasparetto.
Haverá até site para o torcedor acompanhar tudo, do noticiário da próxima camada de cimento até orçamentos.
O objetivo do presidente Giovanni Luigi é dar transparência total ao andamento das obras.
O Convergência Colorada, principal grupo de oposição do Inter, está inclinado a aprovar a parceria.
Aliás, justiça seja feita: o Convergência tem uma posição crítica ao atual modelo desde sempre. Liderou, inclusive, a elaboração de um estudo detalhando falhas no projeto.
O estudo, ignorado pela gestão passada, agora está na pasta do executivo Aod Cunha.
Os números apresentados por Aod em seu périplo pelas instâncias internas coloradas são demolidores e escancaram uma questão central: como um clube com déficit anual de R$ 78 milhões - isso mesmo: R$ 78 milhões - poderá bancar R$ 150 milhões para reformar o estádio e ainda manter e contratar jogadores capazes de decidir títulos todos os anos, como exige o torcedor?
É neste contexto que entra a parceria com a Andrade Gutierrez.
Além de evitar o endividamente pelos próximos 10 anos, a parceria livraria o Inter do mico de ser escolhido sede da Copa (e festejar essa condição) e depois ver esta condição caminhar para a Arena do Grêmio.
Notícia
Supercomissão fiscalizará obras da Andrade Gutierrez
Colorados ilustres irão acompanhar andamento da parceria
Diogo Olivier
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