No Ataque: qual o jovem talento que Roth está preparando?

Jogador das categorias de base do Inter deve estar desanimado com suas perspectivas. E olha que não são poucos os de futuro.

Tem os da seleção sub-20 _ Oscar, Juan, Romário. Há, ainda, o zagueiro Rodrigo Moledo, de boas atuações no time B. O atacante Sasha. O recém-contratado Alex, que foi bem contra o Juventude e, como prêmio, ganhou a reserva na derrota para o Veranópolis e críticas infelizes do treinador.

Celso Roth não é muito de lançar jovens. Não tem esta marca no currículo. Robinho, no Santos, não pode ser creditado na sua conta. Talentos como Robinho e Ronaldinho se lançam sozinhos. Só faltava o técnico de plantão deixá-los na reserva quando eles entrassem na adolescência.

Diego, também no Santos, era reserva com Roth. Tinha de 16 anos para 17 anos, era um moleque, mas quando entrava no time todos perguntavam: "Como este menino não é titular?"

Roth implicava com Chiquinho, que nas mãos de Muricy Ramalho voou no Beira-Rio até ser acometido de um problema vascular grave o suficiente para arruinar o andamento normal de sua carreira. No Grêmio, travou Douglas Costas. Aqui, não funcionava. Na Ucrânia, terra inóspita, fria e de idioma esquisito para um jovem de 18 anos, ele é rei. Foi parar na Seleção Brasileira. Sabe por que? Lá existe um técnico que deixa Douglas Costa jogar.

Qual o jogador da base do Inter que, como Muricy fez com Sobis, Nilmar e Daniel Carvalho no Inter, Roth está preparando para ser a jóia rara da coroa? Quem ele está ensinando para que se aprimore e, lá adiante, ajude a ganhar títulos e a encher o cofre com uma venda para a Europa?

Contra o Veranópolis, sem Zé Roberto, bastava escalar Alex. É da mesma característica e manteria a estrutura tática que deu certo no 3 a 1 sobre o Juventude, recuperando um pouco da velocidade perdida com a saída de Taison. Roth preferiu Andrezinho, e os mesmos erros do Mundial e do segundo semestre se repetiram. Derrota, assim como contra o Mazembe.

O Inter precisa rever com Roth suas escalações e substituições conservadoras. Assim como tem que rever a política de aproveitamento dos jogadores das categorias de base. Do contrário, irá perder jogos e talentos. E estes talentos são, em parte, o futuro do clube.