
Kléber Gladiador, ex-atacante do Grêmio, revelou em entrevista recente ao programa do jornalista Benjamin Back detalhes sobre sua experiência em Porto Alegre.
As declarações do jogador chamaram a atenção pela sinceridade e bom humor, especialmente de como era a vida noturna na Capital.
"Dormi em Porto Alegre só sob anestesia"
A frase inusitada foi a resposta de Kléber ao ser questionado sobre sua estadia em Porto Alegre.
— Dormi em Porto Alegre só sob anestesia. Lá é complicado jogar. Eu tiro o chapéu para quem joga lá. Tentei jogar, mas não consegui. Tá maluco. O extracampo... Era muita noite — explicou.
Polícia na porta
Kléber também relatou episódios curiosos envolvendo a polícia e o centroavante Jô, que na época atuava pelo Inter.
Segundo o Gladiador, as festas em sua casa atraíam a atenção das autoridades pela reclamação dos vizinhos sobre o barulho. Porém, nem sempre era ele o causador da balbúrdia.
— A polícia bateu na minha casa, meu pai disse que não estava rolando festa. Eles disseram que os vizinhos estavam reclamando. Só que, duas quadras da minha casa, morava o Jô. A polícia sabia, ou era na minha casa, ou era do Jô — contou Kléber, em tom de brincadeira.
Em 2012, quando ambos moravam em Porto Alegre, as casas de Kleber Gladiador e Jô eram no bairro Vila Jardim, na zona leste.
A residência ocupada pelo ex-atacante colorado era propriedade Yeda Crusius. A ex-governadora foi condenada por improbidade administrativa. Na investigação do Ministério Público, foi apontado que valores desviados foram usados para aquisição do imóvel.
Passagem controversa

A passagem de Kléber Gladiador pelo Grêmio, entre 2012 e 2014, foi marcada por altos e baixos. Ele chegou para ser o principal guerreiro da Arena, que seria inaugurada no final da temporada.
No primeiro ano, uma lesão lhe tirou por três meses, perdendo a reta final do Gauchão. No segundo semestre, virou titular ao lado de Marcelo Moreno e auxiliou o time de Vanderlei Luxemburgo a conquistar uma vaga na Libertadores.
No ano seguinte, porém, Kléber perdeu espaço com as chegadas de Hernán Barcos, William José, Eduardo Vargas e Wellinton. Só foi retomar um lugar no ataque no segundo semestre, sob comando de Renato Portaluppi.
Kléber deixou o Grêmio no início de 2014, por um atrito com Felipão, apesar de ter assinado um contrato de cinco anos. Depois de um longo imbróglio na Justiça, houve uma ação na esfera trabalhista para o pagamento de R$ 7,2 milhões na rescisão.
No acordo, o Grêmio pagou um pouco mais de R$ 120 mil por 60 meses, com o último valor quitado em 2020.