
Você saiu do trabalho atrasado, mais de meia-noite, e agora corre pelo centro de Porto Alegre feito um Usain Bolt em seus melhores momentos.
Faltam cinco minutos para pegar o último ônibus. Se não chegar a tempo, você vai passar a noite sentado na parada sozinho, torcendo para ainda estar vivo na manhã seguinte.
Você saiu do trabalho atrasado, mais de meia-noite, e agora corre pelo centro de Porto Alegre feito um Usain Bolt em seus melhores momentos.
Chove muito e algumas ruas estão alagadas, impossível passar. Você inventa desvios de olho no relógio. Se não chegar a tempo, vai passar a noite sentado na parada sozinho, torcendo para ainda estar vivo na manhã seguinte. E todo molhado, para piorar.
Você saiu do trabalho atrasado, mais de meia-noite, e correria pelo centro de Porto Alegre feito um Usain Bolt em seus melhores momentos para pegar o último ônibus, que sai em cinco minutos, se não estivesse com o pé quebrado.
Do jeito que dá
Por isso você se arrasta do jeito que dá, o gesso enrolado em uma sacola do Super Arnaldão, a única que encontrou na cozinha do escritório, porque chove muito.
Algumas ruas estão alagadas, impossível passar. Você inventa desvios de olho no relógio. Se não chegar a tempo, vai passar a noite sentado na parada sozinho, torcendo para ainda estar vivo na manhã seguinte, todo molhado e com o gesso derretido, porque a sacola do super Arnaldão estava furada.
E não é que você consegue pegar o ônibus?
Essa história aconteceu com o Luís Carlos, amigo que trabalhou comigo há uns anos. Sempre penso nela quando tudo parece perdido.
E é justamente por causa do Luís Carlos que eu acredito no octacampeonato do Grêmio. São tão poucos os milagres hoje em dia, vai que aconteça um para o nosso lado. Impossible is nothing, como diz o patrocinador deles.
Só não dá para esquecer de jogar. Até milagre precisa de uma mãozinha.
Quer receber as notícias mais importantes do Tricolor? Clique aqui e se inscreva na newsletter do Grêmio.