A camisa 10 é sinônimo de qualidade e protagonismo no futebol mundial. Pelé, Maradona, Zidane, Ronaldinho, Messi e tantos outros craques tinham esse número às costas, mesmo em diferentes posições, para identificar o status de referência. Porém, no Grêmio, ao menos nos últimos cinco anos, quem vestiu a camisa 10 não teve sucesso.
Desde Douglas, campeão da Copa do Brasil e um dos destaques do título gremista com a camisa 10, nomes como Gastón Fernández, Cícero, Felipe Vizeu, Thiago Neves, Robinho, Jean Pyerre, Douglas Costa e Ferreira vestiram o número e assumiram o status de protagonista técnico da equipe, mas nenhum correspondeu.
Em 2017, o Tricolor começou a temporada com Douglas como titular, com a 10 às costas. Meia armador e uma das principais peças do time no ano anterior, rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo em fevereiro e nunca mais conseguiu jogar em alto nível.
Para substituí-lo, o Grêmio contratou Gastón Fernández. O argentino foi o camisa 10 do time na lista da Libertadores. No entanto, não conseguiu se firmar como titular com Renato Portaluppi e acabou emprestado ao Estudiantes em agosto, ainda antes da conquista do Tri da América sobre o Lanús. Desta forma, na reta final da Libertadores, assim como no Mundial, o Grêmio não teve um 10.
No ano seguinte, ainda sem Douglas, lesionado, Cícero iniciou como o camisa 10 do time. Ainda que tenha tido momentos importantes no clube, foi outro que nunca se firmou como titular. Inclusive, quando o "Maestro" foi liberado pelo departamento médico, retomou a 10 na reta final da temporada 2018.
Já sem Douglas e com Luan ou Jean Pyerre como meia centralizado da equipe, o Grêmio repassou a camisa 10 para o centroavante Felipe Vizeu, contratado por empréstimo junto à Udinese, em 2019. Apesar da expectativa, o atacante sofreu com uma lesão no joelho esquerdo e foi outro que não teve sucesso com o número emblemático às costas.
Em 2020, foram três camisas 10. Primeiro, Thiago Neves foi contratado a pedido do técnico Renato Portaluppi. Com o mau desempenho dentro de campo, aliado ao alto salário, o meia teve o contrato rescindido, tendo feito apenas 14 partidas com a camisa tricolor.
Após a saída de Thiago Neves, quem assumiu o número foi Robinho. No entanto, foi outro que não conseguiu ter destaque. Depois, foi a vez de Jean Pyerre. O atleta até emendou bons momentos, completou 100 aparições pelo Grêmio em fevereiro de 2021, mas um mês depois, voltou a sofrer com uma lesão muscular.
O reinado de Jean Pyerre com a 1o terminou com a chegada de Douglas Costa, em maio do ano passado. Contratado com a promessa de mudar o status da equipe, não teve sucesso. Foram apenas três gols marcados, em uma temporada que culminou com o rebaixamento à Série B.
Em um ano de reconstrução, uma das primeiras medidas da direção gremista foi a de valorizar Ferreira, dando a ele a camisa 10. O protagonismo, contudo, durou pouco. Em fevereiro, o atacante sofreu uma lesão muscular na coxa direita. Participou de minutos do Gre-Nal da semifinal do Gauchão, mas começou a relatar dores abdominais. Nesta quarta-feira (11), se submeteu a uma cirurgia para correção de uma hérnia inguinal. O prazo previsto para a recuperação é de oito semanas.
Camisas 10 do Grêmio nos últimos cinco anos
2017
- Gata Fernández
- Douglas
2018
- Cícero
- Douglas
2019
- Felipe Vizeu
2020
- Thiago Neves
- Robinho
- Jean Pyerre
2021
- Douglas Costa
2022
- Ferreira