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O volante Lucas Leiva voltou a povoar o imaginário do torcedor gremista, que deseja vê-lo outra vez com a camisa tricolor. Aos 35 anos de idade, o atleta cumprirá o contrato com a Lazio até o dia 30 de junho e depois ficará livre no mercado. Ainda assim, seu retorno a Porto Alegre não é dado como certo pelo Grêmio.
Abordados pela reportagem de GZH, dirigentes alegam dois como os principais fatores para que o jogador não seja repatriado agora. O principal deles: o alto custo da operação.
Com a queda do clube para a Série B, a gestão se viu obrigada a realizar cortes de gastos para se adequar à nova realidade financeira. Ainda assim, tem a maior folha do campeonato: cerca de R$ 10 milhões mensais. O entendimento é que este valor precisa ser reduzido, o que inviabilizaria a contratação de reforço que, há mais de uma década, recebe salário em euros.
— A primeira avaliação que deve ser feita é a característica do jogador e o vínculo que tem com o clube. Ele é praticamente um gaúcho, tem casa e família aqui. É uma cria do clube e passou por momentos dramáticos e de glória, como 2005. É um jogador incontestável, mas a condição financeira tem de ser adequada, e nunca falamos sobre isso — destacou o presidente Romildo Bolzan em entrevista à Rádio Gaúcha recentemente.
Ainda que aceite reduzir salário para os padrões brasileiros, trata-se de jogador que tem cartaz junto a outros clubes do cenário nacional. O Botafogo, por exemplo, mais novo rico do país, surge como um dos interessados na negociação.
Além disso, a leitura na Arena é de que não se pode fazer sobreposição de jogadores da mesma função. Apesar de ter sido revelado nos tempos do Estádio Olímpico como um segundo volante, Lucas Leiva tem sido escalado pelo técnico Maurizio Sarri, na Itália, como um primeiro homem do meio-campo. Ou seja, vaga para a qual Roger Machado já conta com Villasanti, Thiago Santos, Lucas Silva, Fernando Henrique e até Sarará.
Portanto, na próxima janela de transferências, que abre no dia 18 de julho, o Grêmio pretende fazer investimentos em posições carentes. O atacante Guilherme, que está nos Emirados Árabes, e o meia Thaciano, na Turquia, são dois que já têm um acerto alinhavado para chegar a partir do segundo semestre.