Contratado para ser o meia-articulador do Grêmio em 2022, Martín Benítez ainda não deslanchou com a camisa do clube. O argentino soma apenas sete aparições na equipe nos 16 confrontos do time principal na temporada. Com Roger Machado no comando, ele sequer foi titular. O atleta representa o principal investimento do clube no primeiro semestre, segundo levantamento de GZH.
A justificativa dos dirigentes para bancar o valor de R$ 1,2 milhão na cessão do jogador junto ao Independiente-ARG foi a qualidade técnica. O meio-campista, que já atuou entre 2020 e 2021, em Vasco e São Paulo, onde enfrentou lesões e problemas físicos, ganhou respaldo para realizar uma “pré-temporada completa” para superar dificuldades no condicionamento.
Com Vagner Mancini, que foi entusiasta da contratação, recebeu três chances: ingressou diante do Guarany-Ba e foi titular contra Aimoré e Juventude, suas únicas escalações desde o começo dos enfrentamentos. Após a mudança na casamata gremista, com a chegada de Roger Machado, ele saiu do banco em quatro ocasiões, somando apenas 78 minutos com o atual treinador. Contra o Novo Hamburgo, pelo Gauchão, ele deu a sua única assistência com a camisa gremista para gol de Gabriel Silva.
Um fator que contribuiu para o articulador perder espaço no Grêmio é a mudança no esquema. O 4-2-3-1 deixou de ser prioridade para o 4-1-4-1 ser a base do time, com um tripé de meio-campistas. Benítez passou a ser testado como “volante” pela direita na equipe reserva nos treinos, posição em que Lucas Silva assumiu a titularidade na reta final do Gauchão e na arrancada da Série B.
Com a janela de transferências fechada neste momento, o Tricolor deve insistir no argentino, no mínimo, até julho, quando o período de contratações será reaberto. Além do investimento para o empréstimo, o meia representa um dos principais salários do plantel gremista. No contrato, há uma cláusula de aquisição dos direitos econômicos do atleta em caso de utilização em 60% dos jogos por 45 minutos, índice que ainda não foi alcançado.