Benítez, enfim estreou na Série B pelo Grêmio. Contratação mais midiática no clube no começo do ano, o meia argentino perdeu espaço no elenco após a chegada do técnico Roger Machado. Tanto que a partida contra o Operário-PR foi a sua primeira no torneio nacional. Ele havia sido utilizado pela última vez na final do Gauchão contra o Ypiranga.
O jogador entrou aos 38 minutos do segundo tempo, quando o Tricolor já vencia por 1 a 0. Somado os acréscimos, Benítez ficou em campo por 14 minutos. Tendo entrado em um momento em que a maior preocupação gremista era a manutenção da vitória, o meia pouco conseguiu produzir em campo.
Posicionado em um setor mais recuado do que de costume, ele acertou três passes e errou outro. Sofreu uma falta e cometeu duas.
A utilização de Benítez, mesmo que por um período reduzido, pode ser o início de um novo momento para o jogador. Após a vitória por 3 a 1 sobre o Guarani, Roger discorreu sobre a situação do seu jogador.
— Eu tenho a sensação, e os números também mostram isso, que o Benítez está treinando muito melhor. Sempre comento que tempo se compra nos treinos. No treino é que se gera confiança — analisou.
Benítez disputou menos da metade dos jogos do Grêmio em 2022. Das 20 partidas, ele foi utilizado em somente oito oportunidades. Dos 1,8 mil minutos que a camisa tricolor esteve em campo, o argentino esteve presente em 315 minutos, o equivalente a 17,5% do tempo.
Esses números distanciam a ativação da cláusula que obriga o Grêmio a adquirir os direitos econômicos do atleta. Para o dispositivo ser acionado, ele precisa ser utilizado em 60% dos jogos por, pelo menos, 45 minutos, índice que ainda não foi alcançado. Somente em três jogos disputados este ano, Benítez atuou por mais do que 45 minutos.