O Grêmio busca no Uruguai a solução para os problemas de armação da equipe, segundo informações de Pedro Ernesto Denardin, colunista de GZH. Trata-se de Facundo Torres, meia-armador de 21 anos que defende o Peñarol, um dos concorrentes gremistas ao título da Copa Sul-Americana deste ano.
Além do gigante de Montevidéu, Facundo atua pela seleção do país. Esteve presente nas duas últimas partidas pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo, saindo do banco de reservas contra o Paraguai e começando como titular diante da Venezuela. E a atuação rendeu elogios do ídolo Luis Suárez.
— Suárez sentou do meu lado e disse que parecia que fazia 10 anos que eu estava jogando com eles — revelou o pai do atleta em entrevista à rádio Las Voces del Futbol, do Uruguaio
Facundo também faz parte do grupo que disputa a Copa América. Na sexta-feira (18), em derrota do Uruguai para a Argentina, saiu do banco de reservas aos 25 minutos do segundo tempo e não conseguiu impedir o resultado negativo. Nesta segunda-feira, a Celeste volta a campo para enfrentar o Chile, na Arena Pantanal.
No elenco profissional do Peñarol desde 2020, foi lançado por Diego Forlán e soma atualmente 48 partidas (44 como titular) e 10 gols na carreira. Neste ano, são quatro gols, sendo dois deles pela Sul-Americana, contra Sport Huancayo-PER e River Plate do Paraguai. Destaca-se mesmo, no entanto, pelo controle de bola e pelos bons passes, em curta e longa distância.
Segundo a imprensa uruguaia, teve seu contrato renovado recentemente com multa de U$ 20 milhões (R$ 100 milhões, na cotação atual). Nos esquemas mais utilizados pelo Peñarol, 4-1-4-1 e 4-4-2, o canhoto joga como um meia pelo lado esquerdo, mas que também aparece pela zona central do campo.
— É um excelente jogador. Tem muito bom mano a mano, é driblador, pode jogar pelo lado, como armador ou como volante. Tem bom arremate de fora da área. Apesar da pouca idade, assume o protagonismo da partida, mesmo em um clube grande como o Peñarol — conta o repórter Juan Pablo Romero, do jornal Ovación.
Romero destaca que Facundo é visto como um craque no futebol nacional, chegando à seleção em pouco tempo de carreira, e não acredita que seu mercado esteja na América do Sul.
— O vejo mais como um jogador que acaba indo para a Europa, mas acredito que o Brasil também seria um bom passo intermediário para depois chegar ao futebol europeu — avalia.