Após o início da temporada positivo como titular absoluto na lateral direita, Victor Ferraz sofreu com lesões e viu a ascensão de Orejuela na concorrência pela posição no Grêmio. O atleta de 32 anos considera natural a disputa pela vaga e garante compreender o rodízio adotado por Renato Portaluppi na escolha para as partidas:
— Tenho encarado de uma maneira positiva. Na verdade, ano passado, trabalhei com o (Jorge) Sampaoli, que também tinha essa metodologia de rodar bastante o elenco. Pela quantidade de jogos que a gente tem, o treinador tem a oportunidade de escalar o que ele acha melhor para aquela partida — ressalta o camisa 2.
Por característica, o colombiano é mais ofensivo do que o ex-santista. Mas Ferraz discorda do rótulo de ser um jogador defensivo:
— Nunca, na minha carreira, tive o rótulo de lateral defensivo. Sempre fui um cara que procura guardar bem a posição, sei que a primeira função do lateral é marcar. Sou um lateral mais equilibrado, mas não necessariamente defensivo. Costumo chegar bastante à frente pelo meio e pelas extremidades, assim como no último jogo. Meus números de assistências têm subido, participação em gols. Eu, sinceramente, não ouvi falar sobre esse rótulo.
Para Victor, a adaptação ao estilo de jogo no Tricolor pesou na sua escolha para trocar o litoral de São Paulo pela Arena. Ele entende que está adaptado e contente vestindo a camisa gremista:
— Eu sou um cara que gosta da bola. Sou um cara de passes, de movimentação de dar opções aos companheiros. Não sinto dificuldade pra executar aquilo que o Renato me pede — avalia.
A tendência é que Ferraz atue neste sábado, às 21h, no Morumbi, contra o São Paulo. Apesar da possibilidade de alterações nas laterais, a comissão técnica não revela a escalação, que será oficializada apenas momentos antes do confronto. Outras mudanças serão feitas pelo treinador, como a entrada de Isaque e o retorno de Kannemann, mas as confirmações não serão feitas de forma antecipada.