Apesar da invencibilidade no Brasileirão, o Grêmio está distante das primeiras colocações e o desempenho do time tem sido alvo de cobrança por parte de alguns segmentos da torcida. Com uma vitória e quatro empates, o Tricolor ocupa a 12ª posição e está a sete pontos do Inter, líder do campeonato e com um jogo a mais disputado.
Mas o fato de ter o rival na primeira colocação parece não preocupar os jogadores gremistas, como revelou Matheus Henrique, em entrevista coletiva virtual, nesta terça-feira (1).
— Eles estão em primeiro, mas nós não miramos o Inter. O campeonato tem 20 equipes e todos querem estar lá (na liderança), mas primeiro temos que fazer a nossa parte, contra todos as equipes e agora o próximo jogo será contra o Sport. Não é porque é nosso rival, que isso aumenta a pressão e nós só vamos pensar neles quando for a semana do jogo —garantiu o volante, que foi um dos eleitos para a seleção dos melhores do Gauchão.
Segundo o camisa 7 tricolor, o fraco desempenho no jogo contra o Caxias, quando o time sagrou-se tricampeão estadual, mesmo perdendo por 2 a 1, deixou lições:
— O próximo jogo sempre tem de ser melhor e nós sabemos que o nosso desempenho no domingo não foi o melhor. Queríamos seguir invictos, mas o mais importante foi conquistar o tricampeonato depois de 30 anos.
Confira outros trechos da entrevista de Matheus Henrique:
O retorno da Libertadores será a partir de 16 de setembro e terá viagens para o Exterior em meio à pandemia de coronavírus. Alguma preocupação?Nós sabemos que daqui a pouco tem Libertadores, mas antes tem o Brasileiro e estamos focados em somar o máximo de pontos. Quanto as viagens, estamos tranquilos, com o que é feito pelo nosso staff, sem problemas, seguindo os protocolos, não teremos problemas.
"Não é porque é nosso rival, que isso aumenta a pressão"
MATHEUS HENRIQUE
Volante do Grêmio
Quatro empates seguidos no Brasileirão e a busca por terreno perdido na classificação. Como os jogadores encaram isso?
Sabemos da necessidade de pontuar no Brasileiro, mas estamos invictos. Claro que tem quatro empates e nós até poderíamos ter ganho esses jogos pelo que fizemos. Mas estamos tranquilos, ainda mais depois de um tricampeonato e dentro da nossa casa vamos em busca da vitória no jogo de quinta. Mas não nos sentimos pressionados (por ter empatado quatro jogos), e a cabeça está muito boa para o restante da temporada.
O que está faltando para o time vencer no Brasileiro?
É uma questão de detalhe, nesses quatro jogos (empates), demonstramos um bom futebol e não temos que levar isso como um peso, porque senão a bola não vai entrar. Quando sair o primeiro, vai aumentar a confiança e quinta-feira (contra o Sport) já pode ser diferente.
Como encara a disputa por posição com Maicon e Lucas Silva?
Uma disputa sadia e quem ganha é o Grêmio. O professor (Renato) diz que escalar o nosso time é um trevo, pela qualidade dos jogadores. Mas quem ele escala dá conta do recado e quando precisa, um substitui o outro à altura.
O time já superou a saída do Everton Cebolinha para o Benfica?
O Cebolinha todos sabem da qualidade, não à toa está na Europa e na Seleção Brasileira. Mas aqui temos jogadores qualificados, como Pepê e o Everton, que chegou agora. Temos que nos conformar que o Cebolinha não está mais conosco e apostar na qualidade deles, que estão nos ajudando muito.
O que significaria ganhar o título brasileiro?
Quando se trata de um campeonato da expressão como o Brasileiro, não deve ter sensação melhor, ainda mais para esse grupo que já ganhou Libertadores e Recopa, seria perfeito. Mas como diz o Renato, nosso foco é nas três competições, Libertadores, Brasileirão e Copa do Brasil, e é por isso que o grupo está ganhando reforços.