Na memória recente da rivalidade Gre-Nal, Dorival Júnior está ligado ao Inter por ter trabalhado no Beira-Rio entre 2011 e 2012. No entanto, em 2009, ele foi procurado pelo Grêmio e ficou próximo de assinar contrato com o clube. Dando sequência à série de matérias que lista treinadores que quase trabalharam no Tricolor, GaúchaZH conta detalhes da negociação frustrada com este profissional.
No primeiro semestre de 2009, três derrotas em Gre-Nais fizeram com que o Grêmio ficasse de fora da final do Gauchão. Assim, mesmo que a equipe tivesse a melhor campanha na fase de grupos da Libertadores, os dirigentes decidiram pela demissão de Celso Roth. Neste cenário, surgiu pela primeira vez no Estádio Olímpico o interesse em Dorival, que àquela época comandava o Vasco na Série B.
— É uma mentira com a minha pessoa, porque não teve contato nenhum. A não ser que o Vasco queira que eu não fique. Tenho contrato até 31 de dezembro e não saio por nada. Essa história de Grêmio foi uma novidade — desmentiu o técnico, no Rio de Janeiro.
Sem uma solução imediata, o Tricolor resolveu aguardar pela saída de Paulo Autuori do Al-Rayyan, do Catar. Porém, a estadia do novo treinador não durou tanto. Com a eliminação no torneio continental e uma campanha oscilante no Brasileirão, o cargo voltou a ficar vago antes do final do ano. Foi aí que o assédio a Dorival voltou à tona, fazendo até mesmo com que o técnico cometesse uma gafe durante entrevista coletiva.
— Eu só quero o melhor para o Grêmio — declarou ele, em ato falho, trocando o nome do Vasco.
Dias depois, o próprio técnico acabaria reconhecendo uma sondagem tricolor ao admitir que deixaria o clube carioca ao final daquela temporada.
— O Grêmio foi o único a me procurar, foi apenas um contato. Estamos longe de um acerto. Agora, estamos à disposição do mercado para uma oportunidade — declarou em entrevista ao programa "Tá na Área", do SporTV.
Ainda assim, não houve um acordo salarial. Com a tentativa frustrada mais uma vez, a direção resolveu apostar em Silas, que fazia um bom trabalho no Avaí, para abrir o ano de 2010. Coincidentemente, os caminhos se cruzariam meses depois, pela semifinal da Copa do Brasil, com o Santos de Dorival levando a melhor. Comandando a equipe que tinha Robinho, Neymar, Ganso e André, o técnico alcançaria o maior título de sua carreira até então.