Volante do Grêmio, Matheus Henrique foi a atração de estreia da live "Papo Gre-Nal" na noite desta quarta-feira (22) no Instagram de GaúchaZH com transmissão da Rádio Gaúcha. Na conversa com Luciano Périco, o jogador falou sobre sua rotina neste período de quarentena enquanto espera pela volta nas atividades no Tricolor.
Para manter a forma, Matheus Henrique tem seguido a risca os treinos físicos enviados pela comissão técnica gremista. O atleta contou como tem passado o restante do tempo que divide com a família em sua casa, em Porto Alegre.
— Não dá para sair, temos que ficar em casa. Passo o tempo com a família, a gente joga carta. Brinco com a minha irmã, que é mais nova, jogamos banco imobiliário. Eu não tenho contato com a bola. Brinco apenas com o meu pai ou meu vizinho no futmesa, mas treino mesmo é sem bola. Os meus treinos mesmo são todos físicos. Treino sozinho, na esteira ou um funcional com borracha. A parte física está adequada, mas sentimos falta do treino com bola — antes de brincar dizendo que leva a melhor em todos os jogos:
— Eu ganho (do meu pai). No videogame, na sinuca e no futmesa ele é meu filho — afirmou.
Confira outros trechos da conversa com Matheus Henrique
Relação com a torcida do Grêmio
Lembro que desde o meu primeiro jogo em 2017 sempre senti esse carinho da torcida. É comigo e com a minha família. Isso me deixa feliz e minha forma de retribuir é dentro de campo. São quase quatro anos aqui e só tenho o que falar do meu carinho pelo clube. Eu não tenho nada a reclamar do torcedor do Grêmio desde o começo da minha trajetória no clube. Onde eu vou recebo esse carinho.
Chegada ao Grêmio e adaptação a Porto Alegre
Eu comecei cedo a jogar, com 8 anos. Com 15 fui para o meu primeiro clube, o Nacional de São Paulo, e depois vim para o Grêmio. Me dei conta, em 2013, quando eu tinha 16 anos que poderia ser profissional. Ali eu vi que faltava apenas um passo ali. A adaptação foi difícil, era uma criança longe dos pais. Tudo isso foi válido, tudo que passei lá atrás me faz ser agradecido da pessoa que eu sou, da família que eu tenho.
Pedido para usar a camisa 7 nesta temporada
Eu estava na Seleção Olímpica, vi que o Luan tinha saído e ninguém tinha pedido a camisa 7. Então eu liguei para o Renato e falei que queria, que eu assumia a responsabilidade. Ele falou: ‘Cuidado, você pode não conseguir mais correr tem campo porque ela é pesada’. Ele brinca com a gente no momento certo. Falei para ele que entrega e dedicação não iriam faltar. Só não garantia gol porque eu sou volante.
Briga por posição no meio-campo do Grêmio
É bom para o Grêmio ter muitos volantes. São jogadores de qualidade. O Renato nos respalda para colocar em campo sabendo que quem entrar vai desempenhar o melhor papel. Eu sempre disse que me colocando como primeiro ou segundo volante eu darei o meu melhor, posso jogar nas duas. São todos jogadores de qualidade. Jogando com dois ou três volantes o Grêmio sempre estará bem servido.