Um dos reforços do Grêmio para esta temporada, o volante Lucas Silva já demonstra total adaptação ao novo clube e aos significados de um Gre-Nal. Titular do meio-campo gremista, o ex-jogador de Cruzeiro e Real Madrid diz ter consciência de que entrará para a história do futebol gaúcho quando o primeiro clássico da história da Libertadores for disputado.
— Quando desembarquei, os torcedores no aeroporto já disseram que tem que ganhar o Gre-Nal, que Gre-Nal não se joga, se vence. E isso ficou na minha cabeça. No primeiro (pelo Gauchão), eu já queria muito a vitória. Agora, com o clássico histórico na Libertadores, todos temos isso na cabeça, o Gre-Nal é um jogo à parte — disse ele, na tarde desta segunda-feira (9), em entrevista coletiva.
Para o camisa 16 do Grêmio, apesar de todo o componente emocional e de rivalidade, os jogadores gremistas deverão manter a tranquilidade quando a bola rolar na Arena.
— Não deixar a emoção falar mais alto. Não querer ganhar uma disputa muito forte ou estar num momento nervoso do jogo e não perder a cabeça. Deixar o nosso futebol falar mais alto, como foi na estreia da Libertadores — afirmou, ao ser questionado sobre a postura da equipe.
Após a partida de domingo, contra o Pelotas, pelo Gauchão, o técnico Renato Portaluppi praticamente confirmou a escolha por três volantes, já que Jean Pyerre e Thiago Neves ainda não estão na condição física ideal. Para Lucas Silva, esta formação dá mais consistência ao time.
— O nosso meio fica mais forte, por ter mais jogadores... e de boa qualidade. Três volantes que gostam de jogar e que tem boa marcação. É um sistema que deu certo a partir do Gre-Nal e é uma formação a mais que o Renato pode utilizar. É mais um alternativa, um boa opção para jogos mais truncados, como são os de Libertadores — comentou o jogador, de 27 anos.
Para Lucas Silva, o fato de jogar com três volantes em casa não impedirá a equipe de propor o jogo.
— Natural em casa é ter mais a posse de bola, propor mais o jogo, como a gente gosta. É questão de ajuste, de ter os volantes mais soltos, com liberdade para chegar à área. Ter ultrapassagens pelos lados para ser mais ousado e objetivo.
Experiente, com participações em clássicos mineiros (Atlético-MG x Cruzeiro) e uma participação num Real Madrid x Barcelona, Lucas não vê favoritismo no confronto gaúcho.
— No primeiro Gre-Nal chegamos bem, com ritmo e entrosamento, mas logo depois tivemos um tropeço, mas que não nos abalou. Tivemos um crescimento logo depois e fomos bem na Libertadores. Não acredito que tenha favorito. Os times estão ganhando corpo, ritmo.