Renato Portaluppi preparou duas formações para o Gre-Nal 418. Se o Inter voltasse atrás da decisão de sexta-feira (15) e escalasse titulares, o Grêmio mandaria o seu time principal a campo. Como o adversário confirmou o uso de reservas, Renato também mandou uma formação alternativa — suficiente para vencer o clássico da Arena por 1 a 0, gol do único titular que entrou em campo desde o início, Leonardo Gomes. Para Renato, a decisão passou para evitar lesões e até uma eventual pressão com um eventual mau resultado.
— (A decisão foi tomada) No vestiário. Nos iríamos enfrentar o Internacional dependendo do que viria do outro lado. Como eles vieram com o time alternativo, eu vim também. Já havia falado com o grupo na sexta-feira. Porque, num jogo como esse, eu coloco a minha equipe principal contra o alternativo do Inter. Poderiam ocorrer jogadas violentas, poderíamos perder jogadores importantes. As duas equipes foram treinadas, foram preparadas. A decisão foi tomada no vestiário — garantiu.
Renato disse a decisão passou por uma consulta ao presidente Romildo Bolzan Júnior. Confirmou, ainda, que também usará os reservas contra o Pelotas, fora de casa, na próxima quarta-feira.
— Os jogadores querem jogar toda hora, ainda mais em um jogo tão importante. A única pessoa que eu peguei o telefone e troquei ideia foi o presidente do clube (Romildo Bolzan). Eu havia tido essa ideia, perguntei o que ele achava. Nós tomamos algumas decisões em conjunto aqui. Se eu coloco o time principal, muita coisa poderia acontecer. Poderia ganhar de quatro ou cinco, poderia perder o jogo, poderia perder jogadores importantes. Por que eu vou arriscar? Não era decisão, não era jogo de classificação. Se tivesse interesse por parte clube, se valesse título, classificação, vaga para final, não importava o jeito que o Inter fosse jogar. Pensei com o presidente, com a diretoria: colocar nossos jogadores, poderíamos fazer dois, três, quatro, e o time deles começar a bater. Poderíamos perder jogadores importantes. Nós poderíamos até perder o jogo, aí daríamos chance para os comentaristas, pessoas da imprensa acharem que o Grêmio estaria em crise — explicou.
Sobre o jogo deste domingo, o treinador gremista disse ter aprovado a atuação no primeiro tempo, ainda que o time tenha caído de rendimento na etapa final.
— Gre-Nal é sempre muito difícil, pegado. Minha equipe jogou bem, principalmente no primeiro tempo, mesmo quando ainda estava 11 contra 11. Conseguimos o gol. Já havia alertado para não deixarem a peteca cair, porque (os colorados) estavam com um a menos. Nos acomodados um pouquinho. O Inter tentou crescer, mas o importante foi a vitória do Grêmio. Sempre falo, independentemente de quem está em campo, é o Grêmio. O Renato treina o grupo do Grêmio, qualquer um pode jogar a qualquer momento — concluiu.
O Grêmio encerrará a participação na primeira fase contra o Pelotas, na Boca do Lobo, quarta-feira. O jogo de ida pelas quartas de final do Gauchão será já no próximo final de semana. Pela Libertadores, o time só volta a jogar no dia 4 de abril, contra a Universidad Católica, no Chile.
