Em São Paulo e na Argentina, a informação é de que o anúncio de Mauro Boselli pelo Corinthians é iminente. Com isso, o Grêmio concentrará suas forças em outro nome: Nicolás Blandi. O agente do centroavante já revelou, inclusive, que irá se reunir com a direção gremista nesta semana. Falta, no entanto, convencer o San Lorenzo a se desfazer de seu capitão.
— É um jogador caro e que ganha um alto salário. Há pouco, não aceitaram vendê-lo por US$ 5,5 milhões — revela o jornalista Martin Flores, da Rádio Continental, da Argentina.
Mas nem sempre Blandi foi tão indispensável no Nuevo Gasômetro. Reserva de Mauro Matos na vitoriosa campanha da Libertadores de 2014, o jogador acabou emprestado na temporada seguinte ao Évian, da França, onde também não se firmou (fez apenas um gol em cinco partidas).
— Quando voltou, viveu seis meses de transição, iniciando no banco de reservas e entrando no decorrer dos jogos. Em 2016, virou titular. Hoje é o capitão e jogador mais importante do San Lorenzo — comenta o repórter da Fox Sports argentina, Leandro Alves.
Pelo jeito, os "hermanos" demoraram a se acostumar ao estilo de jogo de Blandi. Cria das categorias de base do Boca, foi emprestado ao Argentinos Juniors em 2011 sem sequer ter estreado como profissional. Passou no teste e voltou, porém encontrou na Bombonera a concorrência forte de Santiago Silva e Lucas Viatri.
— Creio que 90% dos gols que ele fez foi com apenas um toque, sem a necessidade de dominar a bola. Não tem grande porte físico, não é um desses tanques de área — avalia Alves.
Mesmo sendo suplente, chamou a atenção do San Lorenzo, que pagou cerca de US$ 1,8 milhão por ele em 2014. Após dois anos, finalmente conseguiu desempenhar tudo aquilo que o técnico Edgardo Bauza imaginava. Porém, prestes a completar 29 anos (no dia 13 de janeiro), vem de uma temporada acidentada, cheia de lesões. A última vez que ele entrou em camp, foi na vitória de 2 a 1 sobre o San Martin, pelo Campeonato Argentino, ainda em outubro. Ao menos, deixou sua marca nas redes.
— Ele não é um nove clássico, mas é um atacante de definição. Tem muito bom cabeceio e é muito inteligente para se movimentar na área. Já faz alguns anos, é um dos líderes do time e capitão desde que Romagnoli se aposentou — opina Flores.