Um duelo entre os goleiros campeões das duas últimas Libertadores. É isso o que reserva o duelo entre River Plate e Grêmio nesta terça-feira (23). Se Marcelo Grohe é o atual detentor do título da América, o argentino Franco Armani ergueu a taça um ano antes, quando defendia o Atlético Nacional de Medellín, da Colômbia.
— É um grande goleiro, que atravessa um momento extraordinário. Deu uma segurança incrível ao River, num posto que desde a saída de Barovero (transferido para o futebol mexicano em 2016), ninguém conseguia ocupar por muito tempo — analisa César Luís Merlo, jornalista da TyC Sports, da Argentina.
Mas demorou para o arqueiro ser valorizado em seu país natal. Ao contrário de Grohe, que ficou em seu clube de origem aguardando pela oportunidade, Armani teve de fazer as malas para buscar espaço no futebol. Revelado pelo pequeno Ferro Carril Oeste, atuava desde 2010 no futebol colombiano, onde conquistou seis torneios nacionais. O currículo chamou não só a atenção do River Plate que o contratou em janeiro, como também do técnico Jorge Sampaoli, que o convocou para a última Copa do Mundo na Rússia.
— Ele sai muito bem do gol. Lê muito bem o jogo e está sempre atento para cortar cruzamentos de maneira certeira — comenta Merlo.
A curiosidade é que não será a primeira vez que Grohe e Armani serão adversários dentro de campo. Em 2014, pela fase de grupos da Libertadores, o argentino sofreu contra o Grêmio de Enderson Moreira e, mesmo atuando dentro de casa (no Estádio Atanásio Girardot), não evitou a derrota de seu Atlético Nacional por 2 a 0, com gols de Dudu e Barcos. Agora, assim como o camisa 1 gremista, deixou o departamento médico depois de ter sido preservado em algumas rodadas do Campeonato Argentino e voltará a medir forças contra o ataque tricolor.
— Está voltando de uma lesão muscular, mas seguramente vai estar na partida de ida contra Grêmio porque é uma das grandes figuras do time – conclui o jornalista argentino.