Falso nove ou centroavante de origem? Esta é a dúvida de Renato Portaluppi para enfrentar o Cruzeiro neste sábado (3), na Arena, pelo Gauchão. Dessa forma, Cícero e Jael surgem como os candidatos do treinador para o primeiro jogo do time tricampeão da Libertadores em 2018. Ambos tiveram desempenho satisfatório no jogo-treino contra o Sindicato dos Atletas.
Como Jael enfrenta resistência de parte da torcida, Cícero parece largar em vantagem. Apesar de satisfeito com a possibilidade, faz a ressalva de que trata-se de uma improvisação.
— Todos sabem que não é minha posição de origem. Na necessidade do treinador, estou aqui para ajudar. Vou ter de adaptar da melhor maneira possível. Mas, friso de novo, não é minha posição de origem — afirma.
Tudo é uma questão de hábito. Em Santos, Fluminense e São Paulo, os últimos clubes que defendeu antes de acertar-se com o Grêmio, Cícero transformava-se em atacante somente em caso de extrema necessidade:
— Antes de chegar no Grêmio eu estava numa sequência de quatro, cinco anos como volante mesmo ou segundo ou terceiro homem do meio-campo. Esta é minha posição de origem, mas tenho algumas características que permitem ser usado em outras partes do campo.
Não faltam gols na carreira de Cícero. Ele se orgulha de já ter marcado 167 em 15 anos de carreira, ainda que, na maior parte do tempo, tenha atuado em função mais recuada. Para isso, jamais deixou de exercitar sua vocação ofensiva. Sempre com o estímulo de Renato, com quem havia trabalhado no Fluminense em 2008, ano em que o clube carioca sagrou-se vice-campeão da Libertadores.
— Poder de finalização, cabeceio, chute. Renato gosta de me usar mais perto da área. Sabe de meu potencial. Os melhores rendimentos da minha vida sempre tiveram a participação dele —agradece.