Era o dia 28 de março de 2013 e o Cruzeiro-RS não engrenava no Gauchão. Pior, o adversário seguinte seria o Grêmio, de Vanderlei Luxemburgo, na recém inaugurada Arena. Uma história que, em tese, tinha tudo para dar errado para o time estrelado. Mas que, na prática, se encerrou com uma inesperada e épica vitória de 2 a 1.
Naquela noite, o Cruzeiro era treinado por Ben Hur Pereira, o mesmo comandante deste sábado, outra vez na Arena. E não se trata da única coincidência, como cita o treinador.
— Também naquele dia o Grêmio começou a usar seus titulares. Luxemburgo escalou todo mundo que podia. Mas fizemos um grande jogo. Não foi uma vitória por acaso. O Grêmio não amassou, perdemos mais gols do que eles — recorda Pereira, passados quase cinco anos.
Jogos que se perdem na memória do derrotado permanecem para sempre na retina do vencedor. É certo que aquele 2 a 1, com gols de Jô e Reinaldo para o Cruzeiro, representou um dos pontos altos da carreira de Ben Hur Pereira:
— Já olhei aquele jogo várias vezes.
Habituado a enfrentar equipes Sub-23 da dupla Gre-Nal, o Cruzeiro talvez não sinta tanto o impacto dos confrontos contra os grandes da Capital, interpreta o técnico. Para a próxima semana, por exemplo, haverá um jogo-treino contra Sub-23 do Inter, no Estádio Vieirão.
Para o jogo deste sábado, Ben Hur tem como dúvidas Foguinho ou Vágner no meio e Kairon ou Michel no ataque. Como ainda se ressente de dores musculares, o polêmico Vágner poderá ser preservado para as próximas rodadas.
— Não adianta escalar e ele sentir depois. Depois do Grêmio, teremos uma semana cheia para recuperá-lo — projeta o treinador.