Depois da vitória merecida do São José, na tarde deste domingo (28), sobre o Grêmio, nada mais resta ao Tricolor do que largar de mão o Campeonato Gaúcho. Desde já, antes que os torcedores dos demais times do campeonato iniciem um linchamento virtual por conta da frase acima, eu explico: aqui está um jornalista que adora ganhar Gre-Nal e Gauchão. Mas, perante as circunstâncias que se apresentam, o Grêmio deveria deixar o time de transição jogando a maioria dos jogos, escapar do rebaixamento e se preparar para o chumbo grosso que virá em 2018.
Nada contra o nosso querido campeonato, mas estamos em um ano que se avizinha um dos mais competitivos de nossa história recente. Até o meio do ano, jogaremos a Libertadores, que inicia em fevereiro, o Brasileirão, que começa em abril, em ritmo acelerado, a Recopa, que ocupa parte de nossas atenções, também em fevereiro, e algumas partidas do Gauchão.
Se a equipe de transição tivesse conseguido ao menos uma vitória, a tarefa do time principal seria tranquila, de manter o Grêmio entre os oito para conseguir a vaga para a próxima fase, naquela lenga-lenga tradicional de todos os anos. Mas, como nem isso conseguimos (nem lamento muito, acho que a gurizada precisava de experiência, e pegou times mais formados, e com alguns dias a mais, meses, no caso do Caxias) de preparação, acho que temos de largar de mão o Gauchão.
Para não cairmos para a Segundona, o que seria um situação bizarra, seria bom ganharmos o próximo jogo com o time principal. Depois, Renato podia ir mesclando a escalação do time titular com a equipe de transição, essa mesma que mostrou um milhão de problemas na zaga e algumas qualidades no ataque. Só assim, ganharão experiência e mostrarão quem pode e quem não pode ficar no time principal.
Queimar os guris depois de quatro jogos não é solução (eu disse os guris, não me refiro a casos complicados, como o de Bruno Grassi, que já comprovou não tem condição de jogar no Grêmio, desejo que tenha sorte em outro clube, quando sair do Tricolor). Assim como não é solução colocar os titulares para tentar recuperar os pontos perdidos no regional.
Além da óbvia chance de não nos classificarmos, existe o risco de perdermos algum titular importante por lesão, em uma competição que, para quem disputará o número de jogos que disputaremos neste ano, não vale nada. Presidente, largue de mão o Gauchão.