Uma das promessas do Grêmio para 2018, o atacante Lucas Poletto, 22 anos, tem o DNA campeão no sangue. Filho do ex-lateral Paulo Roberto, o Coelhinho, que foi campeão da América e Mundial pelo clube em 1983, o jovem já tem muitas histórias para contar.
Principalmente sobre o período que passou no Milan e recebeu ensinamentos de Filippo Inzaghi, uma lenda do futebol italiano, que foi um de seus treinadores nas categorias de base. A detalhes de acertar sua renovação com o Grêmio, Poletto deve receber uma oportunidade de ouro na disputa das primeiras rodadas do Gauchão.
O objetivo é mostrar serviço e gols ao técnico Renato para ganhar chances no grupo principal. Veja nesta entrevista como o atacante pretende se firmar na equipe.
O sobrenome Poletto é de sua mãe?
É da minha mãe, Cláudia. No começo eu não gostava muito, mas foi o que acabou pegando. Aí, me acostumei. Foi desde pequeno, na escolinha. O Poletto é um nome forte, pegou mais.
Seu pai dá muitos conselhos e te cobra depois dos jogos?
Ele não é chato, sabe orientar. Olha meus jogos e fala o que fiz de certo e de errado para corrigir. Mas é tranquilo, não me incomoda nenhum pouco não.
Ele não é chato, sabe orientar. Olha meus jogos e fala o que fiz de certo e de errado para corrigir. Mas é tranquilo, não me incomoda nenhum pouco não
LUCAS POLETTO
atacante do Grêmio sobre os conselhos do pai, Paulo Roberto, ex-lateral campeão pelo clube
Você passou pela base do Milan antes de chegar ao Grêmio.
Fiquei seis meses. Depois fui para o Santos, onde fiquei um ano e meio. Estava com contrato, mas recebi proposta do Grêmio e não pensei duas vezes em vir.
Como surgiu esta chance no Milan?
Foi quando eu viajei para a Itália para tirar minha dupla cidadania. Eu estava com 17 para 18 anos. Um amigo do meu pai sugeriu de fazer o teste no Milan e fiquei seis meses lá. Só que como eu era estrangeiro e ainda não tinha o passaporte, ficou complicado de permanecer e acabei voltando para jogar no Santos.
Com quem você trabalhou e o que aprendeu lá?
Trabalhei com o Aldo Dolcetti (ex-meia da Juventus) e o Filippo Inzaghi (ex-atacante do Milan e da seleção italiana). Aprendi muito lá, principalmente na parte tática. Quando eu fui, o futebol aqui no Brasil não tinha a evolução que tem hoje, com atacantes voltando para marcar. Lá, eu aprendi isso. E vi o mundo de outra forma, foi importante para crescer como pessoa e aprender um novo idioma.
Quais dicas o Inzaghi passou a você?
Ele fez o nome dele no Milan e pude aprender um pouco com ele lá. Trabalhei pouco tempo com ele, cerca de um mês. Mas ele me passou dicas de finalização e posicionamento no ataque. Foi uma experiência importante para a minha carreira.
Com quais jogadores brasileiros você trabalhou lá?
Naquela época estava o Gabriel (goleiro revelado pelo Cruzeiro que estava no Cagliari), e também o Robinho. Cheguei a treinar junto com ele, foi muito legal. Até no jogo contra o Atlético-MG a gente acabou conversando também.
Você tem preferência por atuar pelos lados ou na área?
Me defino como um jogador de velocidade. Gosto de ir para cima do marcador, não tenho medo de arriscar. Minha origem foi pelo lado. Tanto pelo direito quanto pelo esquerdo, me dou bem. Mas, no último jogo do Brasileirão, contra o Atlético-MG, joguei mais centralizado e pude ter bom desempenho. Tendo oportunidades, é o que importa. Independentemente da posição. Sou destro, mas sempre trabalhei para finalizar com a perna esquerda também.
Me defino como um jogador de velocidade. Gosto de ir para cima do marcador, não tenho medo de arriscar. Minha origem foi pelo lado. Tanto pelo direito quanto pelo esquerdo, me dou bem.
LUCAS POLETTO
atacante do Grêmio
Como foi sua chegada ao Grêmio, clube em que seu pai fez história?
Foi muito especial. Sempre tive carinho pelo clube, pela trajetória do meu pai e tudo o que ele passou aqui. Desde que cheguei, me sinto em casa no Grêmio. Não me senti assim em outros clubes. No meio do ano, disse ao pai que queria ficar aqui por mais tempo. O clube me acolheu muito bem.
O que você aprendeu nestes meses trabalhando com o Renato?
Só de olhar as orientações que ele dá para o grupo, você já aprende muito. Ele foi um ídolo, fez história no Grêmio e nos clubes em que passou. É importante eu estar atento ao que ele fala, e também ao Alexandre (Mendes, auxiliar), que tem muita experiência. Sempre tento reproduzir o que eles dizem dentro de campo.
Como você soube que seria relacionado para seu primeiro jogo?
Foi a partida contra o Santos, pelo Brasileirão. Joguei um coletivo pelo time de transição e dei passe para um gol. Aí, o Renato me chamou para jogar pelo profissional no segundo tempo e fiz duas jogadas, dando passes para o Jael e o Cícero. Depois do treino, ele disse que me queria no profissional. Depois, vi meu nome na relação e foi a realização de um sonho.
E o gol contra o Atlético-GO, o que você lembra daquele lance?
Ali, eu estava fazendo a proteção para o Bruno Rodrigo. Eu estava protegendo o marcador dele e fiquei sozinho. Aí o Thyere cabeceou e, quando vi a bola quicando, pensei que tinha que colocar para dentro. Cheguei a me emocionar de ver a torcida e minha família. Foi o momento mais marcante da minha vida.
E as chances que você pode ganhar no Gauchão?
É uma Copa do Mundo para mim e quem vai jogar ali. É a chance de se firmar no profissional e ter oportunidades no resto do ano. O Grêmio vai jogar muitas competições no ano que vem. Vou dar meu máximo, é o momento que eu esperei desde pequeno
LUCAS POLETTO
atacante do Grêmio, sobre chance no time que jogará o Gauchão
É uma Copa do Mundo para mim e quem vai jogar ali. É a chance de se firmar no profissional e ter oportunidades no resto do ano. O Grêmio vai jogar muitas competições no ano que vem. Vou dar meu máximo, é o momento que eu esperei desde pequeno.
Tem algum jogador em que você se espelha nas características?
Gosto muito do Cristiano Ronaldo, do Mbappé, do PSG, e do Renato. Não comparando, lógico, nenhum deles comigo. Mas procuro ver vídeos e pegar o melhor deles. Em termos de drible, arrancadas, finalizações e posicionamento.