O Hotel Deville, a concentração do adversário gremista na final da Libertadores em Porto Alegre, transformou-se em uma espécie de extensão da cidade argentina de Lanús, que fica na região metropolitana de Buenos Aires.
Enquanto os jogadores circulam pelo lobby do hotel, com o mate na mão e a térmica sob o braço, famílias inteiras começam a chegar para se hospedar no Deville. Parecem se conhecer há anos, se tratam como vizinhos, se beijam as faces ao dar "buenos días".
— É isso mesmo. Somos uma grande família, que se une agora para essa final — conta Gustavo Colaciatti, 53 anos, e que há 25 mora em Florianópolis. — Muitos que estão aqui acompanham o Lanús desde quando jogávamos a terceira divisão. Estar na final da Libertadores é um sonho — acrescenta.
O dono da Parrilla de Carlitos, na praia de Canasvieiras, porém, vive um drama: tem ingressos para a Arena e para a decisão em La Fortaleza, mas ainda não conseguiu passagem de avião para a final.
— Vou a pé, se necessário — brinca Gustavo. — Se o Grêmio for campeão, aplaudiremos nossos heróis. Mas estamos aqui pelo sonho da Libertadores — finaliza.