Desde segunda-feira, o sotaque espanhol de jornalistas equatorianos, que chegaram bem antes da delegação, aguardada para a madrugada desta quarta-feira, é ouvido durante os treinamentos do Grêmio. Três emissoras de televisão brasileira também mandaram suas equipes.
Só a Rede Globo, em parceria com a RBS TV, instalará 50 câmeras no estádio e contará com o trabalho de 50 profissionais. Até o final da noite de terça (31), 338 profissionais de imprensa haviam se credenciado para a partida.
Perto de completar cinco anos, a Arena vive seu momento mais importante desde a conquista do pentacampeonato da Copa do Brasil, em 2016. Isso justifica o fato de não haver mais ingressos à venda, mesmo que uma cota extra tivesse sido providenciada na semana passada. A euforia da torcida, contudo, não chega ao vestiário do Grêmio, como voltou a garantir Renato Portaluppi.
— O Barcelona continua tendo o nosso respeito. Como vencemos lá, eles podem nos vencer aqui. Muita gente acha que isso é dito da boca para fora, mas não é. Esse oba oba não chega ao vestiário. Temos milhões de exemplos no futebol (de vantagens revertidas) — disse o técnico, que irá se igualar a Tite como o que mais comandou o Grêmio em jogos de Libertadores – serão 22 partidas para cada um, contra 20 de Luiz Felipe Scolari.
O último treinamento, realizado com portões fechados, não permitiu que fosse desfeita a última dúvida do time. A tendência, pelo melhor condicionamento físico, é a manutenção de Jailson, o que permitirá ao Grêmio repetir a mesma formação da partida em Guayaquil.
— O que me deixa feliz é que os dois (Jailson e Michel) estão muito bem — disse Renato, perguntado se já havia definido qual será o primeiro volante. — São jogadores parecidos, saem para o jogo. Michel tem bola aérea melhor e bola longa. Jailson tem mais velocidade.
Para o torcedor, isso já não faz diferença. O que ele espera é deixar a Arena, no começo do feriado, com a certeza de que seu clube está pela quinta vez em uma final de Libertadores.