Distante agora 10 pontos do líder do Corinthians, o Grêmio abre neste momento uma disputa com o Flamengo pela segunda posição do Brasileirão. E faz disso, ao menos momentaneamente, sua meta neste mês de julho, enquanto aguarda pelos jogos de volta contra Atlético-PR, pela Copa do Brasil, e Godoy Cruz, pela Libertadores.
Por coincidência, é contra o Flamengo o próximo jogo pelo Brasileirão. As duas equipes se enfrentam quinta-feira no acanhado Ninho do Urubu, na Ilha do Governador, acanhado estádio de apenas 20 mil lugares que transformou-se na fortaleza da equipe carioca na competição. Vice-líder, o Flamengo soma 23 pontos, um a mais do que o Grêmio.
Ainda que seja um time mais forte do que o Avaí, o algoz gremista do domingo, Renato vê maior possibilidade de êxito no Rio.
–É a Bombonera deles. Lá, todos os jogos são difíceis. Mas prefiro enfrentar equipes que jogam e deixam jogar. Para o Avaí, um ponto era o máximo. Conseguiram três – comentou o treinador, convicto de que o Brasileirão ainda segue indefinido.
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Renato não esqueceu de valorizar o desempenho de seu grupo de jogadores, ainda que a derrota para o Avaí tenha sido a terceira consecutiva – antes, os tropeços foram contra Corinthians e Palmeiras.
– O Grêmio é o terceiro colocado no Brasileiro. Daqui a pouco, o Corinthians também irá tropeçar. Nada vai tirar a moral do nosso grupo– garantiu. E acrescentou que, por vezes, o esforço dos adversários é maior contra o Grêmio. – Tem times que brigam por título. Outros, brigam para não cair. O problema é que escolhem correr contra nós. Se o Avaí jogasse sempre assim, seria candidato a Libertadores.
Informado das palavras de Renato, Claudinei Oliveira, técnico do Avaí, retrucou que ele deveria assistir a mais jogos da equipe catarinense, lembrando a vitória por 2 a 0 contra o Botafogo, no Engenhão. Curiosamente, na preleção, Renato havia citado essa mesma partida como forma de alertar seus jogadores.
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Eleito o melhor jogador da partida, sobretudo pela defesa do pênalti batido por Edílson, o goleiro Douglas, gaúcho de Candelária, que havia sido emprestado pelo Corinthians ao Grêmio e não permaneceu no clube por lesão, disse ter jogado a melhor partida de sua carreira.
– Acho que sim. Pela grandeza, momento e ataque do Grêmio – comemorou o jogador, o mais assediado pelos jornalistas.
– Ele foi o melhor em campo. Um herói – elogiou Renato.
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Abatido com a cobrança desperdiçada, Edílson lembrou que, em 13 pênaltis batidos na carreira, havia perdido somente dois antes do deste domingo.
– Eu só queria que a bola subisse um pouco mais. Sempre bato forte. Errei. Se tiver oportunidade, vou bater de novo. Romário e Ronaldo também erraram um monte de cobranças – lamentou Edílson, que disse ter vivido “uma sensação horrível”.
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