
A minha percepção é de que a venda de Luan será questão de tempo. Isso, é claro, partindo da ideia de que a Sampdoria tenha mesmo oferecido 18 milhões de euros ao Grêmio. Pela cotação desta sexta-feira, são R$ 66,5 mulhões. O Grêmio embolsaria 70% dessa quantia, ou R$ 46,2 milhões.
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É dinheiro suficiente para fechar a rubrica de venda de jogadores e colocar a casa em ordem. Só que a direção sabe que pode encarecer seu craque e levar um pouco mais Acredito que essa segunda recusa à investida da Sampdoria seja estratégica, um blefe para ganhar um pouco mais.
O Grêmio precisa vender Luan. Está espremido contra a parede. Como as negociações de renovação emperraram, a janela para negociá-lo será esta. Depois, em dezembro, faltarão apenas três meses para que ele esteja autorizado a assinar pré-contrato. Em setembro, sairá livre, leve e solto, embolsando com seu empresário o valor da transação. Os europeus sabem disso e estão à espreita, apenas analisando os movimentos que acontecem na Arena. A Sampdoria, bancada por um milionária e louca para voltar aos bons tempos, é quem surgiu como interessada. E foi a única até agora. Portanto, mais um motivo para o Grêmio sentar à mesa com os italianos e conversar.
Não acredito que, chegando aos valores do Grêmio, os italianos queiram levá-lo apenas no final do ano. Por dois motivos. O primeiro é óbvio, quem paga tanto por um jogador não pretende esperar um dia para contar com ele. O segundo é que qualquer transferência em meio à temporada europeia é arriscada, há o inverno e a necessidade de se adaptar com a temporada em andamento.
Se Luan sair mesmo, a substituição será menos traumática do que se imagina. Ele vai fazer falta, é claro, mas Renato já fez ensaios com o time sem ele. Arthur avança um pouco mais, e Maicon ocupa seu lugar ao lado de Michel.