A discussão está posta e divide a torcida do Grêmio. Contra o Bahia, Renato teria errado ao escalar três volantes, em vez de apostar na velocidade de Everton, autor de três gols frente à Chapecoense?
O técnico disse que sua opção por Maicon, Michel e Arthur juntos se explica pela falta de um jogador com características semelhantes às de Lucas Barrios, ausente por lesão. Por isso, há chances de o mesmo modelo ser repetido nesta quinta (15), no Maracanã, contra o Fluminense.
Para Arthur, o time não perde ofensividade com mais volantes. Ao mesmo tempo em que elogia Everton, por ser um jogador veloz, agudo e que sempre busca as infiltrações, ele deixa claro que quem atua mais recuado também sabe chegar à frente.
– Por característica de jogador, pode ser que sim (que o time perca ofensividade). Mas há jogadores como qualidade no Grêmio que conseguem fazer esse papel também. Contra o Bahia, não ficaram os três volantes atrás, só defendendo. Ele me deu liberdade de sair um pouco, eu pude chegar ao ataque –salientou.
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No seu caso, Arthur diz que a orientação de Renato é clara. Ainda que a função primordial seja marcar, o técnico cobra dele participação ofensiva. Ainda mais agora, com a volta de Maicon, em que ele passa a atuar como armador.
– Com meia, Renato me cobra para que eu pise na área, tente fazer o gol, faça a jogada de infiltração. Tenho que dar suporte para os atacantes, para os extremas. Cobra de mim que dê sustentação aos homens de frente – destacou.
Arthur não se vê como um rival de Maicon na disputa por uma das posições na equipe. Pelo contrário. Não esconde a satisfação por atuar ao lado de um jogador que tem como espelho na carreira.
– Joga ao lado de jogador de qualidade é sempre bom. Maicon ajuda bastante a equipe, tem um toque de bola fenomenal. É um capitão, um líder nato, que nos passa muita confiança dentro de campo. É peça fundamental na nossa equipe–elogia.
