O primeiro tempo do Grêmio foi algo sensacional. Show de técnica, força de vontade e recuperação de uma situação emocional prejudicada depois da derrota para o Corinthians. Atribuo à direção e ao técnico Renato o trabalho de recomposição psicológica do elenco. Os atletas foram brilhantes, mostraram toda a sua capacidade de jogar futebol e a goleada foi consequência de uma atuação extraordinária. Não preciso ousar muito para afirmar que essa fase da Copa do Brasil está ultrapassada. O Grêmio retomou o caminho de grandes vitórias.
Trocando de assunto. Duvido que haja alguém que possua espaço em rádio e jornal que seja mais gremista e mais oficialista do que eu. Pode existir igual. Por isso, me sinto à vontade para comentar e até criticar alguns fatos oriundos do Grêmio.
Fomos surpreendidos com a história da inserção da biometria para parcela significativa da torcida, especialmente os 3 mil da arquibancada norte. O Grêmio é um clube popular. Discriminar essa quantidade imensa de gremistas, sob o argumento de segurança, é inaceitável. Se fosse um número mínimo, bem identificado, poderia ser razoável.
Mas taxar de bandoleiros uma maioria não é crível. Isso afastará o torcedor comum, o torcedor humilde.
É preciso ter diálogo
Ninguém mais do que eu respeita e admira o MP, mas uma medida como essa necessitaria de mais diálogo e bom senso. O torcedor significa o próprio clube e, ao invés de ser discriminado, precisaria ser incentivado a comparecer à Arena. Reflitam aqueles que têm o poder.
DIÁRIO GAÚCHO