O Grêmio conta com os gols de Miller Bolaños para superar o Iquique-CHI, hoje, às 21h45min, em sua estreia na Arena nesta Libertadores. O meia de 26 anos, contratado por R$ 20 milhões no ano passado do Emelec, do Equador, está justificando neste início de temporada o investimento realizado pela direção.
Artilheiro do time em 2017 com sete gols e ótimas atuações, o equatoriano teve sua chegada a Porto Alegre viabilizada pelo arrozeiro Celso Rigo. O mecenas gremista não só emprestou seu avião para trazer o jogador de Guayaquil, como também ofereceu garantias bancárias ao Emelec para que o negócio fosse realizado. Torcedor do Grêmio, Rigo entende que o esforço valeu a pena.
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– Ele foi contratado por ter mostrado este desempenho no Emelec. Para a gente, não é surpresa. Fico satisfeito por ter ajudado a trazê-lo, é um jogador diferenciado – afirma Rigo.
A boa fase de Bolaños é saudada pelo técnico do Equador, Gustavo Quinteros. Com sete gols em 12 jogos no Grêmio este ano, o meia já igualou a soma de 2016, que foi alcançada em 28 jogos. Em contato com ZH, Quinteros afirma que, nesta temporada, Bolaños está jogando na posição em que melhor rende.
Além de treiná-lo na seleção equatoriana, o técnico também extraiu o melhor futebol do meia entre 2014 e 2015 no Emelec. Lá, atuava centralizado, com liberdade de movimentação atrás dos atacantes e chegada frequente na área. O que se repete agora com Renato Portaluppi no Grêmio após a lesão de Douglas.
– Acompanho os jogos dele. É um grande meia quando joga com liberdade. Está em sua melhor posição, foi assim que ele jogou no Emelec comigo – observa Quinteros.
Em seus dois últimos anos no Emelec, Bolaños fez 60 gols em 96 jogos, com média de 0,62 por partida. No Grêmio, nesta temporada, a média está em patamar semelhante: 0,58 por jogo. No ano passado, em que sofreu para se recuperar de duas fraturas na mandíbula, a média foi de 0,25 gol por jogo.
– Miller é um grande jogador. Depois de sua lesão, está voltando ao seu melhor nível. Tomara que siga assim – completa o treinador da seleção equatoriana.
O coordenador técnico Valdir Espinosa teve papel importante na adaptação de Bolaños. Encarregado da tarefa de integrá-lo ao grupo, usou sua larga experiência de campo para perceber que o mais importante era ganhar a confiança do jogador.
Encerrados os treinos, Espinosa costumava fazer caminhadas com Bolaños dentro do gramado. Mais ouvia do que falava. Queria, acima de tudo, que o equatoriano sentisse que estava diante de um amigo, com quem poderia se abrir.
– As pessoas perguntam se tenho uma sala para falar com os jogadores. Digo que não. Sala separa as pessoas. Prefiro não marcar nada, fazer espontaneamente – explica o coordenador.
Talvez pelas dificuldades enfrentadas pelo jogador na chegada ao Grêmio, sobretudo pelas lesões, Espinosa via Bolaños tomado pelo abatimento. Estava afastado do grupo, com poucos sorrisos.
– Agora, é completamente diferente. Ele já se sente importante, está totalmente integrado – diz.
Na Arena
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Adriano de Carvalho
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