Gira em torno de R$ 100 mil a diferença entre a oferta do Grêmio e a pedida de Renato Portaluppi para renovação de contrato. O terceiro encontro entre as partes, possivelmente nesta sexta-feira, poderá selar o acordo ou fazer com que o clube passe a pensar em uma nova opção. As entrevistas mostram que é mútuo o interesse de dar sequência ao trabalho iniciado em setembro.
Quarta-feira, na primeira reunião, o Grêmio propôs R$ 450 mil, valor que não é confirmado pela direção, mas vazou durante a cerimônia de posse de Romildo Bolzan para o segundo mandato - o que representaria uma valorização de R$ 100 mil a Renato. Ontem pela manhã, por telefone, a oferta foi submetida à apreciação do técnico por seu procurador, Gerson Oldenburg, e rejeitada.
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A contraproposta, estimada em R$ 550 mil, foi apresentada à tarde. Os números não incluem o salário de Alexandre Mendes, o único auxiliar do técnico. O Grêmio pediu tempo para pensar. Por enquanto, o único garantido para 2017 é o diretor técnico Valdir Espinosa.
Ao final da reunião, com duração de 45 minutos e realizada no escritório do vice de futebol Adalberto Preis, para driblar os jornalistas, Oldenburg considerou normal o pedido de tempo pela direção. Para ele, contudo, é chegado o momento de Renato obter maior valorização. Lembrou que, em 2010, o time deixou a zona de rebaixamento e classificou-se à pré-Libertadores e, em 2013, foi vice-campeão brasileiro.
– São números justos por todo o trabalho que ele já fez nas passagens anteriores e agora ganhou um título. Não estamos pedindo nada mais do que o justo –disse o empresário.
O tempo de duração do contrato ficou em aberto e não seria empecilho para um acerto. Poderá ser de 12 ou 24 meses. Segundo Oldenburg, outros clubes têm mostrado interesse no treinador, mas sem oferecer a mesma estrutura de trabalho do Grêmio. Por isso, a preferência por ficar e comandar a equipe na Libertadores.
– Nossos números são de mercado e, naturalmente, incluem uma valorização – afirmou.
A política financeira do Grêmio não é determinada somente por Romildo Bolzan Júnior e por seu conselho de administração. Nenhum gasto ou investimento é feito sem o aval do CEO Gustavo Zanchi, homem de confiança de Bolzan dentro do processo de reorganização das contas do clube.
Por isso, não se pode descartar que a resposta a Portaluppi possa ser dada somente na próxima semana. A definição do novo vice de futebol não é encarada como emergencial. Na próxima quarta-feira, a diretoria do Grêmio, representada pelo presidente Romildo Bolzan, viajará para o Paraguai, na cidade de Luque, para acompanhar o sorteio da Libertadores na sede da Conmebol.
Até lá, o clube pretende ter definida a questão do treinador e do executivo de futebol. O perfil pretendido pela direção é de um profissional que já atuou no clube, e um nome especulado é o de Luís Vagner Vivian, que foi supervisor do Grêmio entre 2012 e 2014 e hoje trabalha na CBF.
Depois, o Grêmio partirá para a contratação de reforços para o elenco. Na reapresentação, em 12 de janeiro, a direção pretende ter o grupo completo para o início da pré-temporada, que ocorrerá no CT Luiz Carvalho.
Negociação
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Adriano de Carvalho
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