A confirmação do G-6 no Brasileirão trouxe euforia ao grupo do Grêmio. Com duas vagas extras à Libertadores, além da possibilidade de título na Copa do Brasil, a equipe de Renato agora necessita de um crescimento em seu desempenho longe da Arena para se firmar entre os seis primeiros na tabela.
As chances de classificação, segundo o matemático Tristão Garcia, saltaram de 2% (com G-4) para 17% (com G-6). A diferença, que antes era de oito pontos para o Santos, quarto colocado, caiu para apenas dois pontos em relação ao Atlético-PR, que está em sexto.
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Em nono lugar, com 40, o Grêmio teria de somar 21 pontos em 30 possíveis (70% de aproveitamento) para ficar no G-6. Pela projeção de Garcia, 61 pontos garantem a vaga sem qualquer susto.
– Foi uma revolução de cima para baixo. A CBF ganhou da Conmebol um Brasileirão supervalorizado – avalia o matemático.
A mudança no regulamento foi comemorada pelos jogadores do Grêmio. O goleiro Marcelo Grohe, que volta de suspensão no jogo de amanhã contra o Vitória, em Salvador, entende que o grupo necessita de regularidade. O objetivo é encontrar o equilíbrio entre as atuações na Arena, onde tem 71% de aproveitamento, e fora de casa, em que somou só 23,8% dos pontos disputados.
– Isso nos deixa muito vivos nessa luta por uma vaga na Libertadores. E ainda temos a Copa do Brasil. São duas possibilidades reais que a gente têm, basta fazermos nosso papel e conquistarmos os pontos necessários – destaca Grohe.
O caminho do Brasileirão, no entanto, só oferece a pré-Libertadores ao Grêmio. Os três primeiros colocados (Palmeiras, Flamengo e Atlético-MG), que estão 12 pontos à frente na tabela, devem ficar com as três vagas diretas à fase de grupos.
Assim, seria necessário encarar duas fases de mata-mata para avançar no torneio continental, que passará a ter 44 clubes em 2017. A chance de título na Copa do Brasil, em que o Grêmio largou na frente do Palmeiras nas quartas de final, é mais complicada. Mas, na prática, se transformou no único caminho direto à fase de grupos da Libertadores ao time de Renato.
Ainda assim, o clube descarta priorizá-la em detrimento do Brasileirão. O coordenador técnico Valdir Espinosa diz que a equipe, por enquanto, tratará as duas competições com o mesmo grau de importância.
– Não dá para separar uma coisa da outra, vamos disputar com a mesma seriedade. É aquela coisa: quem tem duas chances, tem uma. Quem tem uma, não tem nenhuma – observa Espinosa.
A nova Libertadores
- 44 times
- 7 vagas ao Brasil
- 4 vagas diretas (campeão Copa do Brasil, 1º, 2º e 3º do Brasileirão)
- 3 vagas na pré-Libertadores (4º, 5º e 6º do Brasileirão)
- 16 times se enfrentam em duas fases de mata-mata na pré-Libertadores
- 4 times avançam para se juntar aos 26 clubes que se classificaram direto à fase de grupos
- 2 melhores eliminados na pré-Libertadores e os 8 terceiros lugares na fase de grupos entram na segunda fase da Sul-Americana
Chances do Grêmio
- 17% de ficar no G-6
- 61 pontos para se classificar
- Precisa somar 21 pontos em 30 possíveis
Os adversários pelo G-6
- Santos (4º lugar), com 91% de chances
- Fluminense (5º lugar), com 79%
- Atlético-PR (6º lugar), com 38%
- Botafogo (7º lugar), com 29%
- Corinthians (8º lugar), com 26%
- Ponte Preta (10º lugar), com 11%
- Chapecoense (11º lugar), com 6%
*Os líderes Palmeiras, Flamengo e Atlético-MG têm 99% de chances, cada
Na luta
Grêmio tem de melhorar fora de casa para brigar por vaga no G-6
Equipe de Renato conta com 17% de chances de disputar a Libertadores
Adriano de Carvalho
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