O presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, me ligou. Queria falar sobre a nota que publiquei nesta sexta-feira cedo, quando tratei do seu tempestuoso relacionamento com o presidente da Federação Gauchão de Futebol (FGF), Francisco Novelletto. Ele não estava chateado ou pedia correção. Desejava apenas falar que não é contra a arbitragem gaúcha. Leia um resumo da nossa conversa via celular.
– Não há razão para tanto barulho. A história não merecia tamanho espaço na mídia. Não sou contra o Anderson Daronco, que é um grande árbitro, apesar de ter errado contra o Grêmio em Goiás, no Brasileirão do ano passado.
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Romildo continua.
– Ficaríamos mais confortáveis com a presença de um árbitro de fora. A ideia era apenas preservar o espetáculo. O Brasileirão mostra que é melhor escalar alguém que não seja do Estado. Não há tanta pressão. Mas não estou brabo ou irritado com ninguém.
O número 1 gremista informou que não foi avisado sobre a mudança da data do sorteio na sede da federação, na Capital. Que pulou da quarta-feira para a quinta-feira.
– Não tínhamos a notícia de que o horário havia mudado. Ninguém comunicou ao Grêmio. A FGF não disse nada sobre a alteração. Como ir ao sorteio se não sabíamos da nova data do processo?
O Gauchão é uma prioridade tricolor, segundo o presidente. Nem todas as forças estão centradas na disputa da Copa Libertadores da América.
– Vamos com tudo no Gauchão. A competição é uma das nossas prioridades. A FGF não podem dizer que estamos desmerecendo a competição estadual. O que eu desejo é isenção no campeonato. Só.
Romildo diz que não tem nada contra Novelletto, que é conselheiro do Inter.
– Quero apenas preservar o clube. A questão não é pessoal. A atual posição não é a do Romildo. É a do Grêmio. O clube enviou um ofício para para a FGF. A resposta veio em nome do Romildo. Não gostei. Achei o tomo jocoso, até um pouco irônico. Foi algo pessoal. Não oficial.
O certo mesmo, independentemente do que diz o presidente gremista, é que existe um abismo entre as relações do Grêmio e da FGF. Várias pessoas trabalharam tentado construir uma ponte nos últimos meses. Ninguém foi feliz ainda. Nos bastidores, as críticas não atingem só os árbitros, mas a gestão e a própria razão de ser da entidade no futuro do futebol brasileiro.
O Grêmio, como os outros clubes da Primeira Liga, deseja rediscutir o papel das federações estaduais. Muitos dirigentes imaginam que as federações estaduais serão extintas nos próximos anos. O Brasil conta com 27 federações.
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