![](http://zh.rbsdirect.com.br/imagesrc/18531635.jpg?w=700)
Dentro do projeto de equilíbrio financeiro do presidente Romildo Bolzan, o novo contrato com a Globosat para a venda dos direitos de TV entre 2019 e 2024 dará fôlego ao Grêmio para renegociar suas dívidas. A direção pretende utilizar os R$ 100 milhões recebidos como luvas no acerto para renegociar seu condomínio de credores e obter descontos nos pagamentos.
A estratégia do Grêmio é fazer a liquidação dos débitos à vista. Mas, para isto, negociará uma boa redução nos valores em aberto. Serão priorizados os credores que fizerem as melhores propostas. A lógica é simples: quem oferecer os descontos mais atrativos, receberá, de uma vez só, o que o clube lhe deve.
Leia mais:
Grêmio negocia empréstimo do zagueiro Kadu para a Ponte Preta
Roger encaminha Grêmio com Lincoln e Bobô contra o Lajeadense
Luiz Zini Pires: Bolaños se adapta aos poucos à vida em Porto Alegre
É o caso, por exemplo, do técnico Vanderlei Luxemburgo. Ao entrar para o condomínio de credores do Grêmio em maio do ano passado, evitando uma longa ação judicial, aceitou parcelar em 60 vezes os R$ 5,9 milhões que cobrava por sua rescisão em 2013. Agora, o treinador, que hoje trabalha no Tianjin Quanjian, da China, pode fazer um novo acordo para liquidar o valor, ainda que com desconto, à vista.
– Com R$ 100 milhões, queremos quitar R$ 150 milhões ou até mais em dívidas – revela um dirigente gremista.
Quem receberá parte do dinheiro das luvas da TV é o investidor Celso Rigo. Fiador da contratação do equatoriano Miller Bolaños, adiantou R$ 7 milhões para que o Grêmio pudesse pagar a entrada ao Emelec - os R$ 15 milhões restantes foram parcelados em três anos. No acerto com a direção, ficou estipulado que o dinheiro seria devolvido a Rigo assim que fosse formalizado o acordo com a Globosat.
Outros débitos que devem tomar a atenção da direção dizem respeito a atacantes. Em relação a Fernandinho, que negocia seu empréstimo ao Sport, o Grêmio ainda precisa quitar parte dos 2 milhões de euros devidos ao Al-Jazira, dos Emirados Árabes, por sua contratação em 2014. A direção também pode renegociar a dívida de R$ 13,2 milhões com Kleber Gladiador, que rescindiu contrato no ano passado e, em acordo judicial, parcelou o débito em 60 vezes de R$ 220 mil.
Novo contrato de TV
- R$ 100 milhões de luvas
- R$ 120 a R$ 150 milhões anuais a partir de 2019 (variáveis conforme venda de publicidade e desempenho no Brasileirão)
Dívidas a renegociar
- R$ 13,2 milhões a Kleber Gladiador por rescisão
- R$ 7 milhões a Celso Rigo pela contratação de Bolaños
- R$ 5,9 milhões a Vanderlei Luxemburgo por rescisão
- 2 milhões de euros ao Al-Jazira-EAU por Fernandinho