Depois de nove meses no cargo, Roger dá de cara pela primeira vez com o desconforto na casamata de bancos estofados da Arena. Tudo porque pela primeira vez a mecânica do seu Grêmio parece ter escapado do ajuste finíssimo que ele havia dado. O técnico ainda procura as razões para que a máquina azeitada de 2015 tenha começado o ano com tantos parafusos por apertar.
A defesa, pilar da campanha do terceiro lugar, desandou. Saíram Galhardo e Erazo, mas não se explica rendimentos baixos e sucessão de erros só por isso. Embora seja verdade que Wallace Oliveira, Fred e Kadu sejam menos do que os antigos titulares. O problema gremista está no conjunto, embora a conta venha sempre para a mesa da defesa. Faz falta - e muita - Walace diante da área. Com seus 20 anos e vigor físico de sobra, o volante compensa a pouca mobilidade de Maicon e ainda se descola de trás para ser alternativa no ataque. Com Edinho, essa saída desaparece e ainda há déficit na marcação.
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Outro ponto de desequilíbrio neste Grêmio é Giuliano. Com ele no auge físico e técnico, Roger ganha um jogador que marca e ataca na mesma intensidade. O meia entende como poucos o esquema adotado por Roger. Sabe que precisa preencher o lado direito, mas também se movimentar e trocar de posição. Só que Giuliano perdeu o início da temporada por lesão na sola do pé e ainda precisa de algum tempo.
Essas peças desajustadas explicam um pouco a queda de rendimento do Grêmio. Percebe-se Roger, pela primeira vez, pressionado no comando tricolor. Precisa, o mais rápido possível, encontrar o ponto certo do motor azul. Até porque, na semana que vem, contra a LDU, será final de campeonato.
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