Para conquistar títulos, o Grêmio terá metas. Após revisar os números da equipe em 2015, Roger Machado, em conjunto com a comissão técnica, estabeleceu dez metas - cinco ofensivas e cinco defensivas -, para determinar as mudanças que serão implementadas no treinos. Até mesmo a busca por reforços passa pela compatibilidade do jogador buscado com o que é pensado estrategicamente pelo clube.
– A gente definiu metas ofensivas e defensivas, que a gente esteve bem com possibilidade de melhorar. Alcançamos o terceiro lugar por temos pontos bastante positivos, aí parei e sentei para desenvolver os treinamentos para atacar o que precisamos. Nosso maior reforço é a continuidade. Agora, com a treinabilidade, podemos evoluir e apresentar um nível mais alto - afirmou Roger.
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Em sua entrevista coletiva nesta sexta-feira, o técnico Roger falou sobre os planos para a temporada, a vantagem de manter a base para preparar o time para 2016 e outros temas. Confira a entrevista:
Primeiros pensamentos para 2016
"O fato de poder dar continuidade ao trabalho, a possibilidade de planejar as competições que temos na temporada, é um ganho na preparação e na aquisição das capacidades que entendemos que possam nos ajudar. O ano de 2015 foi bom, como frisei no ano passado, mas um novo começo e a cobrança por títulos é imediata. Fazer a pré-temporada na nossa estrutura após manter a base, nos dá uma vantagem competitiva em relação a outros adversários que perderam peças. Temos muitas competições e precisamos estar bem preparados. Temos que elevar o nosso nível a outro patamar".
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Fase atual da pré-temporada
"A continuidade nos dá a possibilidade de já ter 80%, 90% do grupo do ano passado e a compreensão do trabalho. É mais fácil de readquirir o ritmo. Como tem aspectos que a nossa equipe evolua, depois de ter analisado comparando com outros times vitoriosos, entendemos que temos que evoluir. A gente trabalha em cima disso, o primeiro momento é da pré-temporada estou correndo atrás do Rogerinho (Preparador físico). O dele vem em primeiro plano, depois ele que corre atrás de mim. Agora é o momento de encher o tanque. Foi muito importante fazer a pré-temporada com nossa estrutura. A recepção sempre foi agradável na Serra, mas em relação a questão de estrutura, temos uma vantagem bastante significativa".
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Metas para 2016
"Definimos metas ofensivas e defensivas, que a gente esteve bem com possibilidade de melhorar. Alcançamos o terceiro lugar por temos pontos bastante positivos, aí parei e sentei para desenvolver os treinamentos para atacar o que precisamos. Como por exemplo, nosso time em 2015, com relação a velocidade de bola, ficamos só atrás do Corinthians, que 2.8 segundos de média e tivemos 2.9 na velocidade da troca de passe. Temos uma margem ainda para evoluir no que posso adaptar para treinar. Sei que lá fora gira em torno de 2,4 até 2.6. Dá para fazer. Assim como outras variáveis. Nosso maior reforço é a continuidade. Agora, com a treinabilidade, podemos evoluir e apresentar um nível mais alto".
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Fred e Kadu
"Fizemos a reposição da saída do Erazo com dois jogadores. Entendendo que com o calendário extenso, precisaríamos de mais um jogador na função. O Kadu é experiente, tem a virtude da bola aérea como o Fred, que se complementam com o Geromel. Gosto de defensores construtores, iniciam minha construção de jogada desde a defesa e que tenham uma característica forte. O Fred bate bem na bola em falta, o Kadu a imposição pelo alto e a liderança. Hoje, se me perguntar qual sai na frente, o que eu digo é que tenho alternativas para pensar quais casam melhor para este momento. Tenho condição de mexer em relação ao contexto que podemos atravessar".
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Diferença de pré-temporada como atleta e agora como técnico
"Nem sabia o que tinha de planejamento, o que precisava ser organizado, um calendário de jogos e prever a questão das viagens e deslocamentos e de tudo que envolver a estrutura de uma pré-temporada. Quando estamos jogando, temos impressão de que as coisas só acontecem. Agora é mais difícil. Com o Novo Hamburgo, participei deste mesmo projeto e pude perceber como é delicado. Uma peça se encaixa na outra, o preparador físico tem as atividades mais exclusivamente e intercala com o treinador. Tudo precisa estar ajustado. Tenho prazer em vir aqui quase diariamente. Tenho um colchão para deitar na minha sala no ar para descansar um pouco".
O que precisa evoluir
"De posse dos dados, quero que nosso time evolua. Há a questão da velocidade da circulação de bola, a pressão na saída de bola do adversário. É uma variável que calculamos quando toques o adversário dá na saída e só depois conseguimos fazer alguma ação. Marcar um pouco mais alto, para termos mais pressão e quando formos atacarmos não recuarmos tanto. São variáveis interligadas. Construímos as atividades para uma questão ofensiva relevante. A distância das nossas finalizações ficou em 16 metros, o campeão ficou em 15. Temos que finalizar um metro a mais para frente, em uma área mais perigosa. Tenho tudo anotado, mas são dados que norteiam".
Qual o estágio de preparação?
"Estamos nos preparando. Posso dizer que estamos em vantagem pela continuidade. Temos o entendimento do nosso jogo do ano passado. Viemos muito fortes, queremos um título importante. O regional e a Libertadores são importantes. A Primeira Liga nos dará condição de poder até testar alguns atletas que podem nos ajudar. O estágio de preparação, saímos na frente pela continuidade. Temos um bom tempo de preparação, é uma vantagem. Nosso primeiro jogo é apenas no dia 28 de janeiro".
Pensa em alguma mudança tática?
"Tão importante quanto ter alternativas de esquema, é eu fazer o melhor do mesmo. Não consigo perceber que preciso alterar o sistema para superar o adversário. Se fizermos melhor o que nos propomos, superamos a adversidade. Usamos este tempo para formatar".
Busca por reforços
"Sobre reforços, acompanho o esforço da direção de viabilizar e trazer jogadores que agreguem qualidade ao nosso grupo. Temos necessidade de reposição, mas até mesmo pelo mercado e a concorrência, há uma dificuldade. Já ouvi o Rui e o presidente falar que temos que ser precisos para minimizar questões decisivas na aquisição. Acredito que essa busca vai nos dar possibilidade de trazer atletas que irão nos ajudar na temporada".
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Preparação para a Libertadores
"Eu já fiz todas as programações, já fui no dia, alguns dias antes. Quanto mais tempo, melhor. Sempre. Na impossibilidade de conseguir uma adaptação maior pelo calendário, acho que pode ser algo que nos ajude a nos aclimatarmos e minimizar os efeitos. Também temos que dar a importância a questão da altitude, não maximizar os menosprezar. A preparação adequada para manutenção de alto nível, nos dará condição de jogar naturalmente".
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Avaliação dos adversários da Libertadores
"A gente tem todas as informações, mas ainda não parei para analisar com profundidade. Cada coisa no seu tempo, ainda estamos priorizando. No momento certo sentaremos e analisaremos. Não tem adversário fácil, sempre são jogos complicados e jogamos com culturas diferentes e características diferentes. Acrescente a situação da altitude e o momento do adversário. Nosso grupo tem campeões de outras edições. Conhecer esses times é importantíssimo. Temos tudo mapeado. Isso tudo será estudado no momento adequado".
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Participação nos treinos
"É para tirar o que ganhei na férias, e também mostrar que o sacrifício tem que ser de todos. Quando idealizo uma movimentação, quero ela o mais próximo da realidade. Quando eu sou o oponente, quero dar o máximo de realidade da situação e fazer compreender".
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Uso dos jovens
"A medida que esses jogadores estão melhores preparados, temos que ter um planejamento para os utilizar. Nos estaduais, os times sempre revelam jogadores. De alguns anos para cá a Federação Gaúcha colocou um limite de 32 inscritos. Isso vai naturalmente fazendo que seja diminuído este jovens que querem um espaço. A Liga talvez venha como uma alternativa para dar a experiência de jogo. A gente entende que eles irão nos ajudar, que estão em um momento importante na ascensão do grupo de transição. Vamos dando experiência".
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Calor
"Em outros lugares também faz bastante calor. Em Porto Alegre, que tem o apelido de Forno Alegre, mas a medida que a gente pode, temos atrasado a atividade e damos uma molhada com eles em campo. Faz parte, já fiz muita pré-temporada com calor imenso. Muito suor acima de tudo, mas quando a gente pode tenta dar uma minimizada".
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