Quem tropeça em casa precisa compensar fora. É a máxima que vale para o Grêmio diante do Coritiba neste sábado. Para não largar no pelotão debaixo do Brasileirão, é bom recuperar os pontos perdidos na estreia contra a Ponte Preta, na Arena.
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A tabela sorriu para o Grêmio ao tirar as equipes mais fortes do nosso caminho neste início de campeonato. Deveríamos aproveitar, fazer a gordura, acumular a confiança que nos pontos corridos ajuda a transformar um time mediano em postulante ao G-4.
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Creio que Felipão vá repetir o esquema com três volantes e Júnior na lateral esquerda. Luan é dúvida, o que preocupa. Mesmo com as críticas que recebe, algumas merecidas, ele é um dos nossos melhores jogadores até o momento. Já Pedro Rocha pode ter a oportunidade de confirmar o bom desempenho do meio da semana.
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É salutar somar pontos para afastar aos poucos as desconfianças e acalmar o torcedor. Ninguém quer ver o Grêmio na largada do Brasileirão distante da parte alta da tabela.
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Sobre a Arena e o risco de fechar as portas, creio que é algo difícil de ocorrer. Seria uma burrice ímpar do Banco do Brasil bloquear a conta que a Arena Porto-Alegrense utiliza para bancar as despesas dos jogos. O banco só receberá as parcelas do financiamento se o estádio funcionar, raciocínio defendido por Banrisul e Santander, que também emprestaram dinheiro a OAS para erguer o complexo.
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O rolo é o seguinte:
Banco do Brasil, Santander e Banrisul financiaram os R$ 230 milhões da construção do estádio - falta pagar R$ 160 milhões. O Grêmio não quita o papagaio, essa responsabilidade é da OAS, sendo que a Arena é uma das garantias.
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No contrato, a Arena Porto-Alegrense criou uma conta bancária que recebe todo o dinheiro das bilheterias, mais R$ 1,8 milhão mensal do Grêmio pelo uso do complexo, a seção onerosa. O dinheiro da conta deve pagar a operação do estádio e as parcelas do financiamento.
Como a Arena é deficitária, o repasse do Grêmio e a bilheteria são insuficientes para pagar tudo. Assim, a OAS tirava do seu caixa o dinheiro para complementar a parcela e deixar a dívida com os bancos em dia.
A Lava-Jato e os atrasos do governo federal afundaram a OAS em uma severa crise financeira. O Banco do Brasil teme um calote no financiamento da Arena e exige que a conta seja usada apenas para quitar as parcelas. Banrisul e Santander discordam. O Banco do Brasil pressiona a OAS para quitar parte do financiamento ou apresentar outras garantias.
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Mesmo com atrasos em prestações, o que o Banrisul nega, o Bradesco forneceu uma carta fiança aos bancos que assegura o funcionamento da Arena por cerca de seis meses. Em tese, o risco de fechar fica adiado.
Para o Grêmio a situação não é de todo ruim. A crise da OAS e a dificuldade em manter em dia as prestações pode favorecer o clube na compra da administração plena do estádio, desde que o Imortal assuma o financiamento. A direção segue negociando. O Banrisul deu sinais de que pode avalizar o negócio.
Opinião
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