Contratado pelo Grêmio nesta terça-feira, o técnico Roger Machado não teve uma passagem brilhante pelo Juventude, mas longe de ter sido ruim, pelo menos nos números. Ele chegou ao Estádio Alfredo Jaconi em fevereiro do ano passado, para substituir o demitido Geraldo Delamore, e acabou saindo porque não conseguiu administrar um vestiário abalado pelos constantes atrasos salariais.
Defesas frágeis marcaram times comandados por Roger
No Gauchão, foram sete jogos: três vitórias, dois empates e duas derrotas (na última, a goleada de 3 a 0 para o Grêmio, pelas quartas de final, na Arena). Na Série C, em oito jogos conquistou três vitórias, obteve três empates e amargou duas derrotas consecutivas em casa, o que gerou a demissão. Na estatística, Roger teve um aproveitamento de 51% no Juventude.
Na casamata do Grêmio, Roger tem 50% de aproveitamento
A questão é que desde 2013 o clube convive com uma grave crise financeira e os jogadores chegaram a ficar várias vezes com três meses de salários atrasados. Lisca, em 2013, conseguiu segurar a bronca, inclusive com greve de jogadores, e mesmo assim conquistou o acesso para a Série C do Campeonato Brasileiro. Picoli, do final de 2014 para cá, também conseguiu administrar a pressão com greve e tudo.
Roger não teve a mesma habilidade nessa questão extracampo e por isso acabou saindo no final de julho, pois já não conseguia mais manter ou melhorar o desempenho do time, seja na parte motivacional dos atletas ou pela deficiência, em alguns momentos, na leitura tática de jogo. Entre os pontos positivos, a coragem de usar atletas oriundos da base. Com Roger, o lateral-direito Juliano, o volante Vacaria e o meia Yann se destacaram no Ju. Tanto que Juliano e Yann foram vendidos.
Roger é apresentado pelo Grêmio: "Podemos reviver muitas alegrias"
Acompanhe o Grêmio no Brasileirão através do Gremista ZH. Baixe o aplicativo:
App Store
Google Play
*ZHESPORTES
